FC Porto ganhou três pontos e dois problemas para Turim

Com golos de Uribe e Sérgio Oliveira, os “dragões” venceram sem problemas o Gil Vicente em Barcelos, por 2-0, mas Pepe e Corona saíram ao intervalo com problemas físicos.

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LUSA/HUGO DELGADO

Menos de 72 horas depois de ver esfumar-se um dos principais objectivos na época (a reconquista da Taça de Portugal), o FC Porto não falhou numa prova onde já não tem qualquer margem de erro. Depois de ver o Sporting vencer, os “dragões” marcaram cedo na visita ao terreno do Gil Vicente e apenas a boa exibição do guarda-redes gilista Denis impediu que o triunfo portista, por 2-0, fosse mais dilatado. Porém, apesar de ter conquistado três importantes pontos, o FC Porto saiu de Barcelos com dois problemas sérios para Turim, onde na próxima terça-feira defronta a Juventus: Pepe e Corona saíram ao intervalo com problemas físicos.

Com o Sporting a mostrar uma fiabilidade surpreendente no topo da classificação e concorrência muito apertada na luta pelos lugares que vão dar acesso à presença na Liga dos Campeões, o que é imprescindível para o equilíbrio financeiro, Sérgio Conceição não arriscou fazer qualquer tipo de gestão em Barcelos, mesmo estando a poucos dias de discutir com a Juventus um lugar nos quartos-de-final da Champions.

No entanto, após a indigesta derrota a meio da semana no Dragão contra o Sp. Braga, que ditou o afastamento da final da Taça de Portugal, Conceição tinha uma baixa importante: Chancel Mbemba, que contra os bracarenses sofreu uma tendinite no joelho esquerdo. Para o lugar do central congolês, avançou Diogo Leite, e, no lado esquerdo da defesa, estava a outra novidade – Nanú substituiu Zaidu.

Do outro lado, Ricardo Soares teve mais tempo para preparar a recepção ao FC Porto, mas também tinha uma baixa de peso: o capitão Rúben Fernandes, expulso na última jornada em Tondela. Assim, sem o seu “pilar” defensivo, o técnico apostou numa estratégia cautelosa e um “onze” claramente de tracção atrás: cinco defesas, com o “leão” Pedro Marques, que se estreou a titular, a jogar sozinho no ataque.

A estratégia gilista ruiu, todavia, ao fim de sete minutos. Com uma entrada forte, o FC Porto não demorou a empurrar os barcelenses para a sua área e, após um lance de bola parada, colocou-se em vantagem: após um canto e alguns ressaltos, a bola sobrou para Uribe no interior da área e o colombiano aproveitou para fazer o terceiro golo no campeonato.

Formatado para defender, o Gil Vicente não reagiu. A jogar à vontade, o FC Porto continuou a pressionar e esteve por várias vezes perto de voltar a marcar, mas Denis conseguiu manter a desvantagem dos gilistas na margem mínima até ao intervalo, apesar de a estatística confirmar uma superioridade portista clara: 69% de posse de bola; 5-0 em remates à baliza; 7-2 em cantos.

Apesar do conforto que o FC Porto sentia em Barcelos, o regresso das equipas dos balneários confirmou uma notícia incómoda para Sérgio Conceição, em vésperas de um duelo com a Juventus: após apresentarem queixas físicas na primeira parte, Pepe e Corona foram substituídos.

As alterações não tiveram, no entanto, qualquer prejuízo para os “dragões”. Com o Gil Vicente a manter o “risco zero” – Ricardo Soares apenas desfez a quinteto defensivo aos 75’ -, o FC Porto continuou a estar sempre mais perto de marcar do que sofrer, e o (justo) segundo golo “azul e branco” acabou mesmo por aparecer em cima da hora de jogo: com um grande remate de fora da área, Sérgio Oliveira fez o 15.º golo na temporada, mais um do que nas últimas quatro épocas juntas, e deu serenidade à sua equipa.

Até final, mesmo com a cabeça já em Turim e em clara gestão de esforço, o FC Porto ainda festejou o terceiro, mas, no minuto 90, Evanilson viu mais um golo seu ser invalidado pelo VAR, por fora de jogo de Luiz Díaz.

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