Desconfinar a ritmos diferentes e por regiões. Para Rui Rio, é possível

Presidente do PSD já tinha pedido um plano para o desconfinamento progressivo, com a possibilidade de ser feito por regiões, e tendo em conta indicadores científicos.

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Rui Rio, líder do PSD LUSA/ESTELA SILVA

O presidente do PSD, Rui Rio, repetiu nesta sexta-feira a ideia que tinha deixado no final de uma audição com o Presidente da República, após a última reunião de peritos no Infarmed: é possível desconfinar a ritmos diferentes, por regiões, sempre que a evolução da pandemia o justificar e é desejável que o plano de desconfinamento preveja essa hipótese.

“Eu entendo que deve haver um plano de confinamento e de desconfinamento, neste caso, nacional, mas se o território todo não for homogéneo nós poderemos ter desconfinamentos a ritmos diferentes, consoante a região”, disse o social-democrata, a partir da sede do partido, no Porto, onde esteve reunido com representantes do Movimento a Pão e Água, que junta empresários da restauração, comércio, hotelaria e eventos.

No dia 24 de Fevereiro, Rio havia dito que "se a situação tiver de se prolongar muito no tempo” deve procurar-se uma forma de “não continuar a penalizar regiões no país que possam estar a ser penalizadas pelos valores nacionais”. Na altura, questionara ainda: "Se puder rapidamente despenalizar os jovens de Évora e de Beja, porque não o devo fazer?” 

Agora, e apesar de defender a ideia de regressar à normalidade a ritmos distintos, Rio acrescenta que, no que toca a regiões, o melhor é não descer ao nível concelhio e explica que lhe parece avisado fazer o desconfinamento por “regiões mais alargadas”. 

As declarações do líder do PSD surgem no dia em que o semanário Expresso adianta que o Governo já terá recebido o primeiro esboço do plano de desconfinamento que pediu a um grupo de peritos e que esse documento prevê a possibilidade de ir levantando medidas no plano nacional e no plano regional, consoante a evolução da situação epidemiológica e tendo em conta critérios como os testes em massa e as campanhas de rastreios.

O Expresso recorda que o próprio primeiro-ministro disse, recentemente, que o desconfinamento será “gradual, progressivo, diferenciado em função de tipos de actividade, porventura diferenciado em função de localização, sempre associado a critérios objectivos”. O jornal recupera a ideia, já verbalizada por vários ministros, de que o desconfinamento começará pelas escolas, avançando que isso pode acontecer ainda em Março (creches e pré-escolar), mas reconhece que o plano ainda não está fechado. Com Lusa

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