International Board reverte regra da mão na bola

Deu-se um recuo na invalidação automática de golos obtidos na sequência de um contacto inadvertido da bola na mão.

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LUSA/JOSE COELHO

O International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol, reverteu esta sexta-feira a regra que determinava a invalidação automática de um golo antecedido de toque inadvertido da bola na mão de um jogador no “início” da fase de construção da jogada.

“Como a interpretação dos lances que envolvem o toque da bola na mão nem sempre foi consistente, devido a aplicações incorrectas da lei, os membros do organismo confirmaram que nem todos os lances da mão ou braço de um jogador na bola podem ser penalizados” sustenta o IFAB, em comunicado, após concluída a reunião por videoconferência.

Mantém-se a penalização para os futebolistas que jogarem deliberadamente a bola com a mão, ou quando o movimento das mãos ou dos braços provocar uma volumetria anormal (tal como acontece com os defesas, por exemplo).

Caso o jogador introduza a bola na baliza adversária com a mão, ou na sequência de um toque com a mão, ainda que involuntário, continua a ser considerada infracção. Mas se o marcador de um golo beneficiar de um toque acidental na bola com a mão por parte de um colega de equipa, já não será considerada infracção.

Esta mudança nas leis do jogo entra em vigor a 1 de Julho, pelo que não deverá ser aplicada no Campeonato da Europa, embora o IFAB tenha referido que as competições têm flexibilidade para introduzi-la mais cedo.

Cinco substituições vieram para ficar?

Desta reunião resultou também a possibilidade de “abrir a porta” às cinco substituições durante os encontros, como já acontece em vários campeonatos espalhados pela Europa, uma medida provisória e estendida até ao Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar.

Com os calendários congestionados, face à situação pandémica, é permitido realizar duas substituições adicionais, situação válida até Julho de 2022, para as provas que envolvam as selecções nacionais, e que “permanecerá sob revisão”.

O International Board continuará a analisar, até Agosto de 2022, a possibilidade de avançar para uma substituição extra, em caso de concussão cerebral, para proteger a integridade física dos futebolistas.

Quer a Liga inglesa, quer as competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) viram o IFAB autorizar esta alteração, sendo que no caso da Premier League são permitidas duas.

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