Espanha e Polónia estão nos extremos opostos do desemprego na União Europeia

Média europeia da taxa de desemprego fixou-se nos 7,3% em Janeiro, segundo o Eurostat, mas em Espanha este indicador está nos 16% e na Polónia está nos 3,1%.

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Havia 15,6 milhões de pessoas desempregadas na U.E. em Janeiro LUSA/STEPHANIE LECOCQ

A taxa de desemprego na União Europeia (UE) situou-se nos 7,3% em Janeiro deste ano, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, o que representa uma subida de apenas 0,7 pontos percentuais face a Janeiro de 2020, com os efeitos da pandemia de covid-19 a serem mitigados pelas medidas de apoio à economia (mesmo assim, foi interrompida a tendência de descida que se verificava desde 2013).

A taxa de 7,3% é idêntica à registada no mês anterior. O mesmo aconteceu com a taxa na zona euro, que se situou nos 8,1%. Esta média, no entanto, esconde realidades distintas no seio da UE, cabendo o pior resultado a Espanha, com uma taxa de 16%.

Na realidade, essa posição até pode caber à Grécia, mas os dados de Janeiro ainda não foram divulgados por Atenas. Estes são os únicos Estados membros onde o desemprego está nos dois dígitos. No lado oposto está a Polónia, com 3,1%, seguindo-se a Chéquia com 3,2% e a Holanda com 3,6%.

Já Portugal está sensivelmente a meio da tabela, mas abaixo da média, com 7,2%. Segundo o Eurostat, havia 15,6 milhões de pessoas desempregadas na UE no passado mês de Janeiro, das quais 13,3 milhões estavam em países da zona euro.

Os dados mostram que houve também um aumento do desemprego jovem (mais ligados a contratos a prazo, que estão na linha da frente da pandemia), e que no caso de Espanha chega aos 39,9%. Aqui, o melhor retrato não é da Polónia, com 14,3%, mas sim da Alemanha, com 6,2%.

No caso de Portugal, a taxa de desemprego entre os jovens (menos de 25 anos) está nos 24,6%, quando a média na UE está nos 16,9% e na zona euro é de 17,1% (contra 15% e 15,6% em Janeiro de 2020, respectivamente). De acordo com o gabinete de estatística europeu, havia em Janeiro 2,9 milhões de jovens desempregos na UE, dos quais 2,3 milhões na zona euro.

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