CDS quer discussão “séria” sobre investimentos e pede que PRR seja votado no Parlamento

Francisco Rodrigues dos Santos defende discussão “alargada” do plano e vai pedir revisão do documento no quadro europeu.

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Francisco Rodrigues dos Santos critica a "receita socialista" aplicada no plano Nuno Ferreira Santos

O líder do CDS-PP pede uma “discussão série e alargada” sobre os investimentos prioritários na economia portuguesa inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e desafia o primeiro-ministro a levar o plano a votos no Parlamento. No quadro europeu, o CDS vai pedir a revisão do documento.

Numa nota divulgada ao final da manhã desta quarta-feira, Francisco Rodrigues dos Santos considera que o Governo tem demonstrado, durante o processo de consulta pública do PRR, que não “quer” ou “não precisa” de debater o teor do documento. “O CDS exige do Governo uma discussão séria e alargada sobre os investimentos prioritários na economia portuguesa, que envolva os parceiros sociais e os partidos políticos e incita o primeiro-ministro a submeter o plano à discussão e votação da Assembleia da República”, lê-se na nota.

À semelhança do PSD, o líder do CDS também critica a “receita gasta” que é proposta pelo Governo para aplicar os fundos da chamada bazuca. “A enorme maioria dos fundos é aplicada em investimento público de escasso préstimo para as verdadeiras vítimas da catástrofe pandémica, sejam elas famílias ou empresas”, sustenta, considerando: “O resultado do método socialista de atirar dinheiro para cima dos problemas, já o sabemos, é sempre o mesmo: o dinheiro desaparece e os problemas agudizam-se”.

Francisco Rodrigues dos Santos defende que a função do plano de recuperação da pandemia deveria ser a de responder aos problemas estruturais identificados no próprio documento e que são “o défice de competitividade da economia portuguesa, o défice de qualificações dos portugueses a as desigualdades sociais e territoriais do país”.

Além de ouvir os agentes económicos, o CDS vai procurar junto da “Comissão Europeia quer junto do Partido Popular Europeu, a revisão deste plano e a sua adequação à efectiva defesa do interesse nacional”.

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