Queda de 99% num mês: só há três concelhos em risco extremamente elevado. Saiba como está a covid-19 no seu município

A 1 de Fevereiro, havia 234 concelhos em risco extremamente elevado de contágio por covid-19. Volvido um mês, são apenas três. De acordo com os últimos dados disponíveis, apenas 59 dos 308 concelhos portugueses escapariam aos testes em massa nas escolas, caso estas estivessem abertas, por terem registado menos de 120 casos por cada 100 mil habitantes ao longo dos últimos 14 dias.

Os números nacionais da covid-19 melhoraram, o que se reflecte, de forma clara, ao nível local. No topo da escala de perigo, com risco extremamente elevado, contam-se apenas três concelhos: Arronches (com 1773 casos por cada 100.000 habitantes), Manteigas (com 1896) e Resende (com 1421), de acordo com a última actualização destes dados da Direcção-Geral da Saúde.

São menos 12 concelhos do que na semana anterior, o que reafirma uma tendência que se verificou ao longo do mês de Fevereiro: este é o nível de risco que tem vindo a somar menos municípios.

Contudo, a maior diferença surge quando se compara o primeiro boletim do mês de Março, publicado esta segunda-feira, com os dados do primeiro boletim de Fevereiro, publicado no dia 1, altura em que mais de metade dos municípios do país estavam em risco extremamente elevado de contágio por covid-19, com 234 concelhos nesse nível. Contas feitas, é uma queda de quase 99%.

No boletim divulgado esta segunda-feira, também o número de concelhos em risco muito elevado registou uma queda. Na semana passada, eram 98; esta semana são 14. Aljustrel (com 618 casos por 100 mil habitantes), Arraiolos (548), Barrancos (796), Câmara de Lobos (480), Castanheira de Pêra (497), Castro Verde (489), Coimbra (480), Ferreira do Alentejo (880), Lamego (502), Penela (686), Ponta do Sol (803), Rio Maior (790), Sobral de Monte Agraço (480) e Vila Nova de Cerveira (561) são os concelhos que se encontram em risco muito elevado de contágio. 

O indicador de novos casos por cem mil habitantes a 14 dias é o método utilizado pela DGS para comparar municípios com diferentes realidades populacionais.

A grande maioria dos concelhos em Portugal encontra-se, agora, em risco elevado ou moderado: 96 em risco elevado (com valor entre 240 e 480 casos) e 104 em risco moderado (240 casos ou menos).

Apenas 59 dos 308 concelhos portugueses escapariam aos testes em massa nas escolas, caso estas estivessem abertas — isto é, apenas 59 concelhos registaram menos do que 120 casos por cada 100 mil habitantes ao longo dos últimos 14 dias. 

De acordo com as últimas regras da DGS, estão previstos rastreios regulares nos estabelecimentos de ensino (assim como algumas fábricas e prisões) quando voltarem a abrir. Estes rastreios serão “periódicos” em concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior a 120 casos por cada 100 mil habitantes.

Em quase todos os municípios portugueses se registou uma tendência de decréscimo de casos, à excepção de 22 concelhos onde os números se mantiveram ou aumentaram. Ou seja, pelo menos 286 territórios registaram uma descida no número de casos entre os balanços da última segunda-feira e esta, o que corresponde a 93% do território nacional.

O maior aumento de casos registou-se em Barrancos, que contava, na semana passada, com 428 casos por cada 100.000 habitantes. Esta segunda-feira, por contraste, registou 796 casos (mais 368).

No sentido contrário, Castanheira de Pêra foi o município que registou a maior queda de casos: passou de 2410 para 497 por cada 100.000 habitantes.

Há, ainda, 11 concelhos que não registaram um único caso por cada 100.000 habitantes nos últimos 14 dias — a maioria deles nas regiões autónomas. São eles Angra do Heroísmo, Corvo, Lajes das Flores, Nordeste, Porto Santo, Povoação, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Velas, Vila Franca do Campo e Vila Velha de Ródão (o único em Portugal continental).

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