Irão reforça pressão sobre os EUA e exige levantamento das sanções

Administração Biden admite regressar ao acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, mas exige que o Irão volte atrás no enriquecimento de urânio.

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O Presidente iraniano, Hassan Rohani, visita uma central de enriquecimento de urânio IRANIAN PRESIDENCY OFFICE HANDOUT

O Governo do Irão reafirmou que só voltará à mesa das negociações com os Estados Unidos, para um eventual regresso de Washington ao acordo sobre o programa nuclear iraniano, se o Presidente Joe Biden puser fim às sanções decretadas pela Administração Trump.

 “A Administração do Presidente Joe Biden tem de mudar a política de Trump de máxima pressão sobre o Irão. Se quiserem negociar connosco, primeiro têm de levantar as sanções”, disse Saeed Khatibzadeh, ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.

“A recusa da nova Administração norte-americana em regressar ao acordo é um erro histórico”, disse Khatibzadeh, salientando que o país vai continuar a colaborar com os supervisores da ONU.

Durante a campanha eleitoral, e já depois de ter tomado posse como 46.º Presidente norte-americano, Biden afirmou que está aberto a um regresso dos EUA ao acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão, depois de o seu antecessor ter denunciado o documento em Maio de 2018.

Mas as declarações de vontade de ambas as partes chegaram a um beco sem saída, com o Irão a exigir o fim das sanções norte-americanas e os EUA a exigirem um regresso iraniano aos termos do acordo como condições para a retoma do diálogo.

As duas partes envolveram-se numa campanha pública de pressão, com os EUA a quererem enviar um sinal de união com os seus aliados tradicionais, e o Irão a aproveitar o facto de a Administração Biden estar ainda a dar os primeiros passos.

No domingo, a Casa Branca assinalou a sua “desilusão” com a posição do Governo iraniano e disse que vai dialogar com os outros países signatários do acordo.

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