Ott Tanäk vence rali do Árctico

Kalle Rovanperä é o novo líder do Mundial.

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LUSA/STR

O estónio Ott Tanäk (Hyundai) venceu este domingo o Rali do Árctico, segunda prova do Campeonato do Mundo, que passa a ser liderado pelo finlandês Kalle Rovanperä (Toyota).

Tanäk terminou a prova finlandesa em 2h03m49,6s, deixando Rovanperä em segundo, a 17,5 segundos, com o belga Thierry Neuville (Hyundai) a fechar os lugares do pódio, a 19,8 segundos do vencedor.

Com este resultado, Rovanperä ascendeu à liderança do campeonato, destronando o francês Sébastien Ogier (Toyota). O filho do antigo piloto Harri Rovanperä soma 39 pontos, mais quatro do que Neuville e sete do que Ogier, que conquistou apenas um ponto graças ao quinto lugar na “power stage”, depois de ter abandonado na véspera.

O britânico Elfyn Evans (Toyota) é quarto, com 31 pontos, enquanto Tanäk, campeão em 2019, somou os primeiros pontos do campeonato, estando em quinto, com 27, graças à vitória (25) e aos dois pontos extras da “power stage”.

“Quando vimos para um novo evento, é sempre algo inesperado. Viemos para casa da Toyota e esperávamos que estivessem fortes. A pressão sentiu-se e sabíamos que ia ser uma luta difícil. No final, fizemos um bom fim-de-semana, praticamente sem erros”, frisou Tanäk, pouco antes da cerimónia do pódio em que um Pai Natal local entregou os troféus.

Pião traiu Oliver Solberg

Esta manhã disputaram-se apenas duas especiais, que constituíram numa dupla passagem pelo mesmo troço de 22 quilómetros, marcados pelos bancos de neve que delimitavam a pista, acabando por constituir armadilhas para alguns dos pilotos.

Um deles foi o sueco Oliver Solberg (Hyundai), filho do antigo campeão mundial Petter Solberg (2003), que vinha a fazer o melhor tempo da “power stage”, acabando por perder 14 segundos com um pião que lhe roubou o sexto lugar na estreia com os WRC.

Solberg e Rovanperä são os rostos do futuro do Mundial de Ralis, pois o novo líder do campeonato tem apenas 20 anos e cumpre a sua segunda temporada na categoria rainha e é o primeiro líder do campeonato nascido no novo milénio.

“Este fim-de-semana queria lutar pela vitória, mas cometi um erro”, lamentou, apesar de se mostrar “feliz” com o segundo lugar alcançado.

Ogier chegou a ter o melhor tempo da derradeira especial, mas à medida que os primeiros classificados da prova foram terminando, foi caindo posições até ao quinto lugar, que ainda lhe valeu um ponto, concluindo o rali no 12.º posto final.

Ainda assim, a Toyota manteve a liderança do Mundial de construtores, com 88 pontos, mais 11 do que a Hyundai.

A próxima prova será o Rali da Croácia, de 22 a 25 de Abril, antes do Rali de Portugal, de 20 a 23 de Maio.

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