Honras militares marcaram o funeral do capitão sir Tom Moore

Veterano da Segunda Guerra Mundial tinha 100 anos e celebrizou-se quando, em Abril do ano passado, angariou mais de 32 milhões de libras para o serviço nacional de saúde britânico.

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Seis soldados do Regimento de Yorkshire, a versão moderna do regimento de guerra de Moore, transportaram o caixão LUSA/Sergeant Tom Evans, RLC/BRITISH MINISTRY OF DEFENCE
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LUSA/VICKIE FLORES

Uma guarda de honra e um voo cerimonial da Royal Air Force marcaram, este sábado, o funeral do capitão sir Tom Moore, o veterano da Segunda Guerra Mundial que angariou milhões de libras para o serviço de saúde britânico (NHS, na sigla inglesa) durante a pandemia do coronavírus. Tom Moore morreu no dia 2 de Fevereiro, após ter contraído covid-19.

A cerca de um mês de cumprir o seu 100.º aniversário, no ano passado, Tom Moore aceitou o desafio de, apoiado no seu andarilho, dar 100 voltas ao seu jardim para angariar mil libras. Quando, por fim, o dia do seu centenário chegou, o veterano tinha conseguido a proeza de arrecadar mais de 32 milhões de libras (em torno de 35 milhões de euros ao câmbio da altura).​ 

Tom Moore foi nomeado cavaleiro (sir) pela rainha Isabel II em reconhecimento dos seus esforços, enquanto o chefe-general do Exército britânico, sir Mark Carleton-Smith, descreveu o veterano como “um modelo inspirador”. Já o homem confessou não se sentir assim tão especial. “As pessoas continuam a dizer que o que eu fiz é notável, mas, na verdade, o que vocês fizeram por mim é que é notável”, disse na altura.

Em consonância com as actuais restrições pandémicas, no funeral, que se realizou no crematório de Bedford, no centro de Inglaterra, estiveram apenas oito membros da família mais próxima, tendo o momento, porém, sido transmitido pela televisão.

Seis soldados do Regimento de Yorkshire, a versão moderna do regimento de guerra de Moore, transportaram o caixão, uma guarda de honra de 14 homens disparou três salvas de tiros, e um Douglas C-47 Dakota da Segunda Guerra Mundial realizou um voo cerimonial.

O serviço fúnebre incluiu a apresentação da gravação You'll never walk alone com a voz de Tom Moore, o hino de guerra The white cliffs of Dover, de Vera Lynn, e Smile, gravado especialmente para a família por Michael Bublé. Houve também leituras das suas filhas, netos e netas antes de o seu caixão ser puxado para o crematório, ao som de My way de Frank Sinatra.

O serviço terminou com o comandante do regimento, o tenente-coronel Tim Exton, a ler o Epitáfio Kohima, que se encontra gravado no Memorial da 2.ª Divisão Britânica, no cemitério de Kohima (Nordeste da Índia) — “Quando fores para casa, fala-lhes de nós e diz, / Pelo vosso amanhã, demos o nosso hoje" —, antes de um corneteiro tocar o Last Post, uma melodia curta usada em funerais militares das nações da Commonwealth.

Assim que as restrições relacionadas com o surto de covid-19 permitirem, a família planeia levar as cinzas de Moore para Yorkshire, no Norte de Inglaterra, onde ficará junto dos seus pais e avós.

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