Twitter permite aos utilizadores cobrar pelos tweets que escrevem

A ferramenta “super seguidores” permite às pessoas interessadas pagar por conteúdo exclusivo de um utilizador no Twitter.

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Reuters/Brendan McDermid

Nos próximos meses, os utilizadores do Twitter vão poder cobrar dinheiro pelo conteúdo que publicam na rede social. Quem aceitar em pagar, passa a ser um “super seguidor” da página com acesso a publicações, vídeos, crachás ou grupos exclusivos.

A ferramenta foi anunciada esta quinta-feira durante a reunião anual do Twitter com investidores em que a rede social apresentou várias novidades. A empresa explica que quer inovar mais e ajudar os criadores a conectarem-se e serem remunerados pelos fãs. 

“Não temos sido inovadores”, admitiu o presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, durante a apresentação, notando que durante anos a empresa decidiu “não lançar nada de novo” e optou por focar-se em “mostrar [às pessoas] o que está a acontecer”.

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Ser um super seguidor dará acesso a conteúdo exclusivo Twitter

Este ano, vão experimentar outra táctica. Além dos Super Seguidores, a empresa está a testar o Twitter Spaces — um conceito que lembra a rede social Clubhouse — que permite aos utilizadores participar em discussões de áudio. Já o Revue permite aos utilizadores do Twitter partilhar newsletters que podem ser gratuitas ou cobradas.

Também passam a existir “Comunidades” que permitem aos utilizadores aceder a tweets sobre temas específicos como justiça social, animais ou surf.

A empresa defende que novas oportunidades de financiamento como os Super Seguidores e o Revue permitirão aos criadores serem directamente apoiados pelo seu público.

Nos últimos anos têm surgido várias plataformas do género para ajudar artistas e influenceres como o Patreon e o OnlyFans. O Facebook e o YouTube também já têm opções para os fãs apoiarem os seus criadores preferidos. Os channel memberships (Apoio ao Canal, em português) do YouTube, por exemplo, permite aos subscritores de alguns canais acederem a conteúdo exclusivo e participarem activamente em chats ao vivo em troca de um pagamento mensal. 

Em 2020, a receita do Twitter rondou os 3,7 mil milhões de dólares (cerda de três mil milhões de euros). A empresa quer duplicar o valor até 2023.

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