Sete dias, sete fugas para uma semana em casa

Petiscos, conversas, camélias, memórias e mergulhos num aquário. Tudo online, sem sair de casa.

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Em Marvão há Conversas D’Azeite Manuel Roberto
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As feiras de queijos montam os expositores na internet Adriano Miranda
,Tubarões
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O Oceanário de Lisboa mostra O Outro Lado
Oceanário de Lisboa
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O Oceanário de Lisboa mostra O Outro Lado
,Casa Lau
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Lampreia em festivais de trazer para casa Nelson Garrido
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O Festival de Camélias de Lousada vai florir online Manuel Roberto
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A Festa das Fogaceiras vai ao baú de memórias DR

Sábado, 27: Depois da comida, a conversa do lagar

Marvão encerra a quinzena gastronómica Comidas d’Azeite Online com um evento que vai beber à tradição sem esquecer as medidas dos tempos em que vivemos. Depois dos comeres do lagar, vêm as Conversas D’Azeite. A iniciativa reúne vários produtores oleícolas do concelho, num encontro com moderação de Graça Carvalho (docente na Escola Superior Agrária de Elvas), e uma prova de azeites da região, com transmissão nas redes sociais do município, como manda a etiqueta. Tudo com a mesma bandeira: homenagear quem faz deste produto uma referência a nível nacional e, ao mesmo tempo, dar a conhecer “os segredos mais bem guardados” do azeite produzido na vila alentejana. A partir das 10h, com entrada livre.

Domingo, 28: Camélias a florir online

Em Lousada, não há visitas a jardins mas vão abrir-se muitas janelas para receber o Festival Internacional de Camélias que, este ano, vai florir online. A 11.ª edição do evento decorre integralmente em formato digital, com várias iniciativas divulgadas através do Facebook do município. No arranque, sábado, às 10h, é exibido um vídeo que recorda a edição do ano passado, que contou com a presença de dezenas de expositores e coleccionadores de vários pontos do país e da Galiza, apreciados por milhares de visitantes. Seguem-se, entre outros momentos, o testemunho de António Nunes, que vai explicar como passou De apreciador a coleccionador de Camélias, e a apresentação das fotos do concurso temático. Para domingo, às 11h, está marcada uma visita virtual pelos jardins das camélias e, a partir das 15h, uma conversa com o especialista António Assunção, que vai explicar Como tratar de camélias

Segunda, 1: Queijos em linha

Com as feiras e os certames confinados, os queijos viram-se para a Internet. Para os adeptos da gastronomia, do artesanato, da cultura e da natureza serrana, estão montados mercados virtuais que apostam tudo na montra online, para promover os produtos endógenos e não deixar cair a tradição. Em Gouveia, a ExpoSerra - Feira de Actividades Económicas da Serra da Estrela reinventa-se e assenta arraiais na plataforma Dott/CTT, durante seis meses (entre 20 de Fevereiro e 21 de Agosto) – no mesmo sítio que acolhe, até 28 de Fevereiro, a Feira do Queijo de Seia. Celorico da Beira propõe uma 42.ª Feira do Queijo com morada em www.celoricocomgosto.pt (de 28 de Fevereiro a 28 de Março), enquanto Fornos de Algodres confia o mês de Março à mesa posta n’O Bom Sabor da Serra.

Terça, 2: Fogaceiras feitas de memórias

Em Janeiro de 2016, o rock dos Clapton's Addiction harmonizou-se ao vivo com cerca de 200 músicos de quatro bandas filarmónicas do concelho de Santa Maria da Feira (e respectivos maestros). Foi o início de um ritual da Festa das Fogaceiras que se repetiria, a cada ano, com temas e colaboradores diferentes. Para manter vivo o espírito dos festejos, a autarquia emite, na íntegra, os cinco concertos realizados desde então. O programa começou a 14 de Fevereiro com o espectáculo Symphonic Clapton – um tributo ao guitarrista e compositor britânico Eric Clapton –, a que se seguiu Harmonic 4 Concept - Best Phillarmonic Rock Ever, gravado em 2017. Num cartaz que se prolonga até 14 de Março, estão também as memórias de Filarmonia no Fado (2018), CineHarmonic 4 Dance (2019) e Variações Filarmónicas (2020). As transmissões são feitas sempre ao domingo, às 15h30, e ficam disponíveis no Facebook das Fogaceiras

Quarta, 3: Pelos caminhos da resiliência

Integrada no programa de “resiliência cultural e artística em contexto de pandemia” Sentir Cultura, promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras, a oficina criativa A Música da Rota da Seda em Casa convida para uma viagem a vários pontos do globo, através da música e da dança das diversas culturas. Na montra, pelas mãos da associação MusicÀlareira, estão instrumentos musicais e indumentárias da Ásia Central e do Médio e Extremo Oriente, mas também do Mediterrâneo, dos Balcãs e da Península Ibérica. Todas as quartas, até 17 de Março, às 11h, no Facebook do Teatro-Cine de Torres Vedras. A entrada é livre.

Quinta, 4: Mergulhos em streaming

Testemunhos de biólogos e aquaristas, rotinas diárias dos moradores”, curiosidades dos bastidores… O Oceanário de Lisboa abre as janelas virtuais para mostrar o Outro Lado. É esse o nome da iniciativa que não só dá a conhecer as dinâmicas do quotidiano no aquário, normalmente reservadas aos cuidadores de serviço, como permite o apoio ao trabalho ali desenvolvido, no âmbito da educação e da conservação do oceano. São quatro as visitas ao Outro Lado, com ligação directa a casa: Raias e Tubarões, Pinguins, Lontras e Florestas Submersas. Cada “mergulho” custa 20€ e dá direito, por exemplo, a almoçar com as lontras, assistir aos “cuidados diários” da exposição submersa naquele que é “o maior nature aquarium do mundo” ou espreitar uma refeição dos tubarões. A entrada é feita em www.oceanario.pt.

Sexta, 5: Lampreia em festivais de trazer para casa

Aberta que está a época da lampreia, não é por os comensais estarem confinados e os restaurantes encerrados que a iguaria falta ao prato. Por estes dias, os festivais ajustam-se ao regime de take-away ou de entrega ao domicílio, enquanto se alimentam da esperança de que em breve a degustação possa ser feita à moda tradicional.

É o que está acontecer, desde 15 de Fevereiro e até 15 de Abril, em Paredes de Coura, Caminha, Melgaço, Monção, Valença e Vila Nova de Cerveira, municípios que tornam a unir esforços para a 12.ª edição da Lampreia do Rio Minho - Um Prato de Excelência, em conjunto com a Adriminho - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho e a Confraria da Lampreia do Rio Minho. O objectivo de valorizar o património gastronómico da região não se fica pelo palato e concretiza-se numa série de actividades paralelas. Umas decorrem online; outras terão lugar presencialmente, assim (que) a pandemia permita. Em arroz, recheada, assada no forno ou na brasa, também em Valença se serve a lampreia, que nesta altura, como frisa a organização, “se apresenta na plenitude dos seus sabores” – em take-away, naturalmente. Estão em marcha fins-de-semana gastronómicos fornecidos por sete estabelecimentos, numa festa de trazer para casa que começou a 20 de Fevereiro e se prolonga até 17 de Abril.

À beira-Tejo, Zêzere e Nabão também se saboreia o ciclóstomo em moldes semelhantes, mas com adição de outros petiscos. Em Vila Nova da Barquinha, é Mês do Sável e da Lampreia desde 13 de Fevereiro e até 21 de Março. Sável frito com açorda de ovas e lampreia à bordalesa, de cabidela, assada no forno ou em arroz estão à distância de uma encomenda aos quatro restaurantes envolvidos na 27.ª edição, neste concelho “cuja história está intimamente ligada à actividade piscatória”, lembra a autarquia.

Já Tomar aposta em adoçar o momento, juntando ao prato uma sobremesa, para uma refeição especial ao fim-de-semana. Na cidade templária, saboreia-se a 22.ª Mostra da Lampreia (e doces), saída das cozinhas de quatro restaurantes e nove pastelarias. Sopa, arroz, paté, molhata, cabidela e lampreia à bordalesa complementam-se com paralelos doces como lampreia de ovos ou beijinhos de lampreia, de 27 de Fevereiro a 31 de Março.

Em Penacova, a campanha que deveria terminar este domingo foi alargada até 16 de Março, adiantou a autarquia. Tudo porque a iniciativa de levar a casa os petiscos preparados por oito restaurantes foi um sucesso: em três semanas, foram vendidas 3300 doses. 

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