Excedente orçamental recua para 760 milhões em Janeiro

Houve “um agravamento em 602 milhões de euros” do saldo “face ao período homólogo” de 2020, avançou o Ministério das Finanças

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João Leão, ministro das Finanças Reuters/PEDRO NUNES

As administrações públicas registaram um excedente orçamental de 760 milhões de euros no primeiro mês do ano, uma redução de 602 milhões face ao período homólogo devido ao impacto da terceira vaga da pandemia, anunciou esta quinta-feira o Ministério das Finanças.

“A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) no primeiro mês de 2021 apresentou um saldo de 760 milhões de euros, traduzindo um agravamento em 602 milhões de euros face ao período homólogo, explicado pelo impacto da terceira vaga da pandemia covid-19”, indica o Ministério das Finanças no comunicado que antecede a divulgação da Síntese de Execução Orçamental pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).

De acordo com as Finanças, para a degradação do saldo concorreu “a forte contracção da receita (-9,5%) e o acréscimo da despesa primária (+0,5%), reflexo dos impactos negativos na economia do período de confinamento – com particular tradução na redução da receita fiscal e contributiva – e das medidas extraordinárias de apoio a famílias e empresas”.

“Estas medidas explicam um agravamento adicional do saldo em pelo menos 258 milhões de euro”, explica o ministério, “pela quebra de receita (60 milhões de euros) e pelo crescimento da despesa (198 milhões de euros)” – o que está, acrescenta, “sobretudo associado às medidas de apoio suportadas pela Segurança Social (119 milhões de euros), destacando-se o apoio extraordinário à retoma progressiva de actividade (45 milhões de euros)”.

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