Eurodeputados apoiam certificados de vacinação e reclamam mais medidas de apoio ao turismo

Relatório do Parlamento Europeu defende harmonização de protocolos de testagem e quarentena e selos sanitários para restabelecer a confiança dos cidadãos, e sugere redução temporária da taxa do IVA e acções dedicadas dos planos de recuperação e resiliência para promover a retoma do sector.

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Reuters/HANNIBAL HANSCHKE

A harmonização dos protocolos de viagem em todos os meios de transporte, a criação de um selo sanitário “clean and safe” para distinguir os equipamentos e a emissão de certificados de vacinação, que assegurem a liberdade de movimentos aos seus detentores, são algumas das medidas reclamadas pelo Parlamento Europeu para reavivar a actividade turística e apoiar a recuperação do sector, que é dos mais afectados pelas restrições impostas para o combate à pandemia.

Em 2020, o número de turistas internacionais que visitou a Europa, que é o principal destino turístico do mundo, caiu 70%. Para a eurodeputada do PSD, Cláudia Monteiro de Aguiar, que é a presidente da task force para o turismo do PE e a autora de um relatório sobre a estratégia para o turismo sustentável, aprovado esta quinta-feira em comissão, é preciso criar já as condições para restabelecer a confiança e garantir que a época turística do Verão decorre em segurança.

“O turismo precisa urgentemente de medidas e protocolos sanitários e de higiene comuns em todos os meios de transporte, em particular formulários de localização comuns e digitais, a realização de testes à partida como regra e um período de dias igual em toda a UE para as quarentenas, que devem ser a excepção em vez da regra”, defende Cláudia Monteiro de Aguiar.

Os eurodeputados apoiam a ideia da criação de certificados comuns de vacinação, e o alargamento do código de cores, que identifica o risco epidemiológico, também aos países terceiros. Além disso, pedem aos Estados membros que equacionem uma redução temporária da taxa do IVA do sector, e que acrescentem acções específicas para favoreçam as viagens e o turismo nos planos nacionais de recuperação e resiliência.

Para a eurodeputada, a presidência portuguesa do Conselho da UE “deve colocar a coordenação e medidas de apoio para o turismo e viagens como ponto principal da sua agenda, porque a retoma económica do país não se fará sem o sector”.

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