Nova variante do SARS-CoV-2 detectada em Nova Iorque

Uma das mutações da nova variante do coronavírus também está presente nas variantes inicialmente detectadas na África do Sul, no Brasil e no Reino Unido.

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Nova Iorque MIKE SEGAR/REUTERS

Uma nova variante do novo coronavírus SARS-CoV-2 foi detectada na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, local onde se está a espalhar rapidamente. A nova variante transporta uma mutação preocupante que poderá afectar a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19, segundo concluíram dois estudos, um realizado por uma equipa do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e o outro por cientistas da Universidade de Colúmbia — nenhum dos dois foi ainda revisto pelos pares ou publicado numa revista científica.

A nova variante, chamada “B.1.526”, foi detectada originalmente em amostras recolhidas na cidade de Nova Iorque em Novembro. Em meados de Fevereiro, a B.1.526 foi já identificada em cerca de uma em cada quatro amostras sequenciadas e retiradas de uma base de dados (Gisaid) partilhada pelos cientistas, revela o diário The New York Times.

Os investigadores encontraram duas versões desta variante: uma com a mutação E484K, também detectada nas variantes identificadas na África do Sul, no Brasil e ainda no Reino Unido, que os especialistas temem poder afectar a eficácia das vacinas; e outra com uma mutação denominada “S477N”, que se pensa afectar a forma como o vírus se liga às células humanas.

Por sua vez, a equipa da Universidade de Colúmbia sequenciou 1142 amostras de pacientes recolhidas no centro médico da universidade, tendo descoberto que 12% das pessoas tinham sido infectadas pela versão da nova variante que contém a mutação E484K — pacientes estes que tinham maior probabilidade de ser hospitalizados.

Os especialistas revelam ainda ao The New York Times que a variante já se espalhou pela área metropolitana de Nova Iorque, pelo que não se trata de um “único surto”.

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