Lucro da EDP sobe 56% em 2020 para 801 milhões

Empresa liderada por Miguel Stilwell diz que pandemia de covid-19 tirou 100 milhões de euros aos resultados. Dívida regista maior queda em 13 anos e atinge 12,2 mil milhões de euros.

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O ano de 2020 ficou marcado pela saída de António Mexia da liderança da EDP, dando lugar a Miguel Stilwell de Andrade Sara Jesus Palma

O resultado líquido da EDP subiu 56% em 2020, para 801 milhões de euros, anunciou a empresa nesta quarta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A eléctrica liderada por Miguel Stilwell de Andrade destacou que o aumento do resultado líquido foi suportado pelo crescimento de 7% da produção renovável (eólica, hídrica e solar).

Esta manhã a EDP já havia divulgado que o lucro da EDP Renováveis subiu 17%, para 556 milhões.

Num ano marcado pela pandemia de covid-19, os impactos da crise no lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) da EDP foi de 100 milhões de euros. Este efeito resultou da queda da procura de electricidade resultante da paragem da actividade económica e da necessidade de constituir provisões para dívidas de clientes, explicou a empresa.

O EBITDA caiu 2%, para 3675 milhões de euros. Como contributos positivos, a EDP destacou a normalização dos recursos hídricos na Península Ibérica (comparativamente ao ano seco de 2019) e o aumento de ganhos (face a 2019) com a venda de activos renováveis, que totalizaram 434 milhões de euros.

A dívida do grupo registou em 2020 a maior queda em 13 anos, recuando 12% face a Dezembro de 2019, para 12,2 mil milhões de euros.

A empresa, que apresenta amanhã, quinta-feira 25 de Fevereiro, o novo plano estratégico até 2025, refere ainda que os resultados de 2020 foram afectados noutros 100 milhões de euros por efeitos não recorrentes, como os custos com o encerramento da central a carvão de Sines, a provisão relativa à imposição da devolução ao sistema eléctrico de “alegada sobrecompensação das centrais CMEC no mercado de serviços de sistema” e o custo anual com a contribuição extraordinária sobre o sector energético (CESE), entre outros.

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