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Em Gaza, há máscaras feitas por impressoras 3D para vítimas de queimaduras

Antes da pandemia, as vítimas de queimaduras faciais que habitavam em Gaza tinham de viajar até à Jordânia para conseguirem uma máscara, feita por scanners e impressoras 3D. Agora, a organização Médicos Sem Fronteiras fornece-as no local. 

Mohammed Salem/Reuters
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Mohammed Salem/Reuters

Foi em Março de 2020 que um incêndio deflagrou numa padaria próxima de um mercado em Gaza, onde Ahmed Al-Natour, de 34 anos, trabalhava como sapateiro. Vinte e cinco pessoas morreram e Al-Natour sofreu queimaduras graves no rosto e noutras partes do corpo. Quando regressou a casa, o palestiniano começou a usar uma máscara terapêutica, que conforta e protege a pele de formação de cicatrizes. "Sinto-me confortável quando a uso, relaxa o rosto. É fácil de usar e vou às compras enquanto a uso", contou Natour à Reuters.

Recorrendo a um scanner 3D na clínica e a uma impressora 3D, propriedade de uma empresa de Gaza, a organização francesa Médicos Sem Fronteiras fornece máscaras compressivas para vítimas de queimaduras faciais, para ajudar a sarar as feridas e, eventualmente, prepará-las para uma cirurgia reconstrutiva. As máscaras são transparentes, feitas de materiais de plástico importados de França e ajudam a suavizar os tecidos da pele e a prevenir complicações, como cicatrizes.

No passado, as vítimas de queimaduras viajavam até à Jordânia para uma cirurgia reconstrutiva e só assim tinham acesso a estas máscaras, mas devido às restrições de viagem implementadas durante pandemia, a MSF começou a fornecê-las localmente. E, segundo Abed El-Hamid Qaradaya, responsável pelo serviço de fisioterapia da organização em Gaza, estão a fazer uma grande diferença para muitas pessoas. "Desde meados de 2020 fizemos máscaras faciais para 23 pacientes, que ajudaram a transformar-lhes a vida."

Texto editado por Amanda Ribeiro

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