Precipitação intensa inunda centro de Cascais e suspende ligação ferroviária

A água barrenta, devido à chuva, chegou a entrar dentro de alguns estabelecimentos comerciais do centro da vila de Cascais. A passagem da depressão Karim levou ao registo de mais de 600 ocorrências até às 18h deste sábado em todo o país — a maioria nos limítes do distrito de Lisboa.

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Câmara de Cascais
Vento forte e chuva provocaram a queda de uma árvore em Carnaxide, Oeiras
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Vento forte e chuva provocaram a queda de uma árvore em Carnaxide, Oeiras LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Vento forte e chuva provocaram a queda de uma árvore em Carnaxide, Oeiras LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
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Vento forte e chuva provocaram a queda de uma árvore em Carnaxide, Oeiras LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Um sábado de chuva, de mar agitado e com algumas inundações: assim pode ser resumir o dia em que Portugal enfrentou a depressão Karim. Os concelhos de Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra estão entre os mais afectados, tendo visto a água transpor os limites de alguns cursos, já de si carregados pela forte precipitação que se fez sentir.

A situação mais grave registou-se no concelho de Cascais, onde a água barrenta chegou a entrar dentro de alguns estabelecimentos comerciais do centro da vila. Na ligação ferroviária até ao Cais do Sodré, em Lisboa, a queda de um cedro de grandes dimensões sobre a catenária suspendeu a circulação de comboios num troço da linha durante algumas horas. A ligação foi, entretanto, retomada.

Num vídeo publicado na página da autarquia, o presidente da Câmara de Cascais diz que, na manhã de sábado, “a intensidade da chuva foi superior à das cheias de 1983”. Ao início da noite, Carlos Carreiras considerou a situação “controlada”.

Também a Ribeira das Vinhas, na vila de Cascais, recebeu uma carga anormal de água. A nascente, a barragem do Rio da Mula, em Alcabideche, está a encher, o que vai obrigar a descargas automáticas.

A previsão meteorológica já tinha levado a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) a alertar para a possibilidade de ocorrência de “cheias relâmpago” em zonas urbanas devido à subida do nível dos rios. Durante o dia foi também enviado um SMS de alerta.

Os telefones das forças de socorro não pararam de tocar durante a tarde, com registo de mais de 600 ocorrências até às 20h em todo o país. Destas ocorrências, quase metade foram registadas nos limites do distrito de Lisboa.

Na lista de principais incidências, há registo de “321 inundações, 111 quedas de estruturas, 124 quedas de árvores e 32 limpezas de via”, segundo o comandante da ANEPC Pedro Araújo. Ainda assim não houve registo de feridos ou vítimas, apenas danos em edifícios e veículos atingidos por árvores que caíram.

Até às 13h deste domingo, todos os 18 distritos de Portugal continental vão manter-se sob alerta amarelo.

Para este domingo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê céu muito nublado, com a nebulosidade a diminuir gradualmente a partir da tarde. Até ao final da manhã estão previstos períodos de chuva no interior e no sotavento algarvio, podendo ser por vezes forte.

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