WhatsApp avança com actualização das políticas de privacidade — apesar das críticas
De acordo com a nova política de privacidade, o WhatsApp passa a poder partilhar alguns dados dos utilizadores com o Facebook. Isto serve apenas para deixar que os utilizadores possam enviar mensagens a empresas e negócios e não afecta conversas pessoais, alega.
O WhatsApp anunciou que vai avançar com a actualização da sua política de privacidade, apesar da polémica que tem causado. Contudo, a plataforma (detida pelo Facebook) vai permitir que os utilizadores leiam o conteúdo dessas actualizações “ao seu próprio ritmo” e disponibilizar uma janela com mais informações na aplicação.
De acordo com a nova política de privacidade, o WhatsApp passa a poder partilhar alguns dados dos utilizadores com o Facebook e outras empresas do grupo. As alterações foram anunciadas em Janeiro aos utilizadores.
Esta actualização foi o mote para uma onda de críticas a nível global, que levou os utilizadores a migrar para plataformas rivais como o Telegram e o Signal, entre outras, o que fez com que o WhatsApp adiasse a implementação das novas políticas para Maio. A aplicação também esclareceu que a actualização visava permitir que os utilizadores pudessem enviar mensagens a empresas e negócios e que não ia afectar conversas pessoais.
Na Índia, onde vive a maior parte dos utilizadores do WhatsApp, os responsáveis pelo Facebook tiveram de responder às perguntas de um painel parlamentar sobre a necessidade das mudanças, dias depois de o Ministério da Tecnologia do país ter solicitado à plataforma que recuasse na nova política de privacidade.
Numa das últimas publicações no blogue oficial da plataforma, o WhatsApp anunciou que ia começar a lembrar os utilizadores da necessidade de ler e aceitar as actualizações para continuar a utilizar os seus serviços.
“Também incluímos mais informações para tentar dar resposta às preocupações que estamos a receber”, acrescentou.
Este anúncio chega num momento em que o Facebook começou a bloquear a partilha de todo o conteúdo noticioso na Austrália. Desde quinta-feira que a empresa-mãe do WhatsApp está sob a mira dos órgãos de comunicação social e políticos locais, tendo um responsável britânico rotulado a atitude do Facebook como uma tentativa de intimidar uma democracia.