Os 100 melhores chefs do mundo: quem se juntará a Avillez na lista de nomeados aos prémios Best Chef?

A lista final só será anunciada em Setembro mas na próxima semana começam já a ser anunciados os candidatos. José Avillez foi eleito para a lista de 2020 e, para já, o que sabemos é que há outro português entre os candidatos de 2021, confirma a organização dos Best Chef Awards.

Foto
Quem será o português que se irá juntar a José Avillez na lista de candidatos do The Best Chef? Rui Gaudêncio

O mundo precisa de mais uma lista dos melhores chefs? É esta, inevitavelmente, a primeira pergunta que ocorre quando o The Best Chef Awards anuncia que a sua quinta edição acontecerá este ano, entre 13 e 15 de Setembro, em Amesterdão. Mas os criadores do The Best Chef, a neurocientista polaca Joanna Slusarczyk e o especialista em assuntos de gastronomia Cristian Gadau, italiano, asseguram que sim, que esta lista é diferente e que fazia falta.

Vamos começar pelo que é, e já passaremos ao porquê. O objectivo final é chegar a uma lista dos 100 melhores chefs do mundo – na de 2020, liderada por René Redzepi, do Noma, em Copenhaga, Portugal está representado por José Avillez (Belcanto, Lisboa) no 70º lugar – a partir de uma votação dos seus pares, ou seja, profissionais ligados ao mundo da gastronomia, grande parte dos quais, também eles, chefs. Hans Neuner, do The Ocean, em Porches, no Algarve, também integra a lista, no 69º lugar, mas, dado que o foco é a pessoa, surge pela Áustria. Henrique Sá Pessoa, do Alma (Lisboa), fez parte dos nomeados mas não chegou à lista final. 

O anúncio final da lista é feito em Setembro, mas até lá, e a partir do próximo dia 25, serão apresentados, ao ritmo de um por dia nas redes sociais do projecto, os 100 novos candidatos, as “caras frescas”, que irão juntar-se aos 100 anteriores – cada votante poderá depois escolher 10 de entre estes 200 nomes, dando assim origem à nova lista. Relativamente a Portugal, de momento sabe-se apenas que haverá um nome português na lista.

Foto
Henrique Sá Pessoa, do Alma, foi um dos oradores nas Area Talks de 2019 dr

No site do The Best Chef há uma explicação de todo o processo, assim como respostas a uma série de perguntas que possam surgir, entre as quais a tal inevitável: “o que é que distingue os The Best Chef Awards de outras listas?”. A diferença, explicam os organizadores, é que aqui “os chefs são colocados em primeiro lugar”.

Se instituições como o Guia Michelin ou os 50 Melhores Restaurantes do Mundo se centram nos restaurantes (as estrelas Michelin, por exemplo, são dadas ao restaurante e podem manter-se mesmo que o chef mude), The Best Chef pretende “mudar o foco para o chef, a forma como aborda a comida e o que é que o faz distinguir-se dos outros”.

A iniciativa apresenta-se como “uma ponte entre o passado, o presente e o futuro”, uma plataforma que liga chefs consagrados com as novas gerações, profissionais já estabelecidos com os que estão a começar, e que aspira a ser “um local para trocar conhecimento e experiências, discutir temas actuais e questões universais do mundo do fine dining”.

A gala de três dias em Setembro incluirá, além do anúncio da lista, o simpósio Food Meets Science, e conversas sobre gastronomia sob o título Area Talks. “O ano passado não nos travou”, disse Joanna Slusarczyk. “Na verdade, trabalhámos mais para nos adaptar e oferecer aos chefs e restaurantes de todo o mundo uma plataforma para ficarem conectados e compartilharem informações uns com os outros e com o público. A nossa grande esperança para este ano é que a nossa comunidade possa encontrar-se pessoalmente de novo.”

Foto
Cristian Gadau (ao centro) e Joanna Slusarczyk, os criadores do The Best Chef dr

Até lá, ao ritmo de um por dia, serão conhecidos os 100 novos candidatos a Best Chef. Num artigo publicado na Honest Cooking, Joanna e Cristian reconhecem que, por agora, a lista está muito marcada por chefs brancos, do sexo masculino e baseados na Europa, mas garantem que estão a trabalhar para que ela venha a ter maior diversidade e seja um retrato mais fiel do que existe no mundo da gastronomia.

Sugerir correcção
Comentar