Selecção feminina quer entrar já no Euro 2022 pela porta principal

Triunfo sobre a Finlândia garante desde logo a qualificação para o torneio. Seleccionador destaca a maior maturidade do grupo.

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Francisco Neto, seleccionador LUSA/OCTÁVIO PASSOS

No dia 16 de Setembro de 2016, a selecção de Portugal venceu, pela última vez, a Finlândia (3-2), acelerando dessa forma para a primeira presença na fase final de um Campeonato da Europa de futebol feminino. Se na sexta-feira (16h15, Canal 11) repetir o triunfo sobre as nórdicas, em Helsínquia, repetirá também o acesso ao Europeu, em 2022, na qualidade de vencedora do Grupo E. 

Um percurso muito sólido da equipa portuguesa nesta fase de qualificação permite-lhe entrar para a 7.ª e penúltima jornada com a possibilidade de garantir, desde já, um lugar na fase final do torneio, que, dentro de pouco mais de um ano, terá lugar em Inglaterra. Em igualdade pontual com a Finlândia, que lidera a classificação devido ao empate com golos em Portugal (1-1), só um triunfo assegurará de imediato o apuramento para o Europeu pela porta principal. Em caso de empate ou derrota, as contas ficarão fechadas na última ronda, havendo ainda duas escapatórias: ser um dos três melhores segundos ou avançar para um play-off, como sucedeu há cerca de quatro anos e meio.

Francisco Neto, seleccionador nacional desde 2014, não quer entrar já no campeonato das contas e desvaloriza os diferentes cenários. “Neste momento não pensamos nisso. O nosso foco é neste jogo. Depois do jogo, poderemos pensar no que virá a seguir, se o embate com a Escócia, penáltis, o que for. Poder chegar a estes jogos decisivos e dependermos só de nós é o mais importante”, assinalou, citado pelo site da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Se o embate mais recente entre as duas selecções, a 12 de Novembro de 2019, resultou num empate, o mesmo aconteceu nos três encontros imediatamente anteriores (0-0, 1-1 e 1-1). E é esta nota de equilíbrio que o técnico tem em mente quando olha para o desafio que tem pela frente, na Bolt Arena: “Acho que a percentagem de favoritismo é de 50-50. Este será um jogo em que os pormenores irão fazer a diferença e nós iremos estar ao mais alto nível”.

De resto, Francisco Neto acredita que o crescimento que o grupo tem registado é fundamental em momentos decisivos, como este. Para este upgrade, sublinha, tem sido determinante o capital de experiência adquirido nos últimos anos, inclusive em jogos de carácter particular diante de adversários de topo.

“A diferença está na maturidade. Desde 2017 até agora, a FPF permitiu-nos fazer jogos internacionais frente às melhores equipas do mundo. Quando estávamos no apuramento, em 2016, éramos uma equipa competitiva mas não estávamos tão maduros. Agora somos competitivos mas com mais experiência”.

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