Covid-19 em Portugal: mais 2856 casos e 149 mortes. Internados e cuidados intensivos registam maior queda de sempre

Há menos 380 pessoas internadas com covid-19 nos hospitais em Portugal e menos 43 em cuidados intensivos. Recuperaram da doença mais 8786 pessoas e há menos 6079 casos activos de covid-19.

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Hospital de São João, Porto Manuel Roberto

Portugal registou mais 2856 novos casos de infecção pelo novo coronavírus (o que corresponde a um aumento de 0,4%) e 149 mortes, de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde — números praticamente iguais aos reportados na sexta-feira, data em que foram contabilizadas 2854 novas infecções e o mesmo número de óbitos.

Nunca houve uma queda diária tão grande no número de pacientes com covid-19 internados nos hospitais portugueses e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Em 24 horas, Portugal contabilizou menos 380 internamentos — a maior diminuição em 24 horas pelo segundo dia consecutivo —, contabilizando agora um total de 4850 pacientes hospitalizados com a doença. Há também menos 43 doentes em UCI, num total de 803.

Divulgados no boletim deste sábado da Direcção-Geral da Saúde, os dados correspondem à totalidade de sexta-feira. No total, o país contabiliza 15.183 óbitos por covid-19 e 784.079 casos confirmados desde Março.

Segundo os dados que constam do boletim, Lisboa e Vale do Tejo soma mais de metade das novas infecções e mortes reportadas este sábado, tendo registado mais 1440 casos e 80 óbitos. Já a região Norte contabiliza mais 677 infectados (24%) e 21 óbitos.

Recuperaram da doença mais 8786 pessoas, contabilizando-se agora um total de 661.525 recuperados. Há ainda a reportar menos 6079 casos activos de infecção, num total de 107.371.

As 149 vítimas mortais identificadas nos dados deste sábado incluem uma mulher entre os 30 e 39 anos; duas mulheres entre os 40 e 49 anos; dois homens e três mulheres entre os 50 e 59 anos; 14 homens e seis mulheres entre os 60 e 69 anos; 25 homens e 11 mulheres entre os 70 e 79 anos; e 36 homens e 49 mulheres (57% das mortes reportadas este sábado) com mais de 80 anos — a faixa etária mais afectada em termos de óbitos.

O Norte contabiliza um total acumulado de 321.233 casos confirmados desde o início da pandemia, sendo a zona do país com maior número de infecções. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 294.723 casos; o Centro, com 112.051 casos (mais 490 em relação ao dia anterior); o Alentejo, com 27.659 casos (mais 113) e o Algarve, com 19.319 infectados (mais 70). O arquipélago dos Açores regista um total de 3665 casos de infecção (mais cinco) e a Madeira contabiliza 5429 casos (mais 61).

Lisboa e Vale do Tejo regista 6212 mortes por covid-19 acumuladas desde Março e a região Norte 5012. Segue-se o Centro, com 2703 mortes (mais 25), o Alentejo, com 874 óbitos (mais 12), e o Algarve, com 295 mortes por covid-19 (mais 11). Os arquipélagos dos Açores e da Madeira não reportaram nenhuma vítima mortal este sábado, mantendo-se com um total de 28 e 59 óbitos por covid-19, respectivamente.

Graças ao confinamento, espera-se que a pressão gerada pela pandemia nos hospitais portugueses continue a diminuir. Segundo a mais recente previsão da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), relativa às necessidades que serão sentidas nas unidades de saúde a 19 de Fevereiro, existirão entre 4840 e 5234 doentes com covid-19 internados, de acordo com um acréscimo ou diminuição de 2% do Rt (risco de transmissão). Contudo, continuam a faltar milhares de profissionais para rastrear os contactos dos infectados.

Vacinar 1,4 milhões de portugueses até início de Abril

O primeiro-ministro, António Costa, revelou este sábado que o objectivo do Governo é vacinar contra a covid-19 cerca de 1,4 milhões de portugueses até ao início de Abril. Durante uma visita ao Quartel de Conde de Lippe, em Lisboa, no âmbito do arranque da vacinação dos efectivos da GNR e PSP, António Costa assinalou que, na semana passada, Portugal ultrapassou o meio milhão de vacinas contra a covid-19 já administradas e que “o objectivo é que, até ao princípio de Abril, consigamos vacinar cerca de 1.400.000 portugueses, entre aqueles que estão nos grupos de risco prioritários e nos serviços essenciais para assegurar o funcionamento normal do Estado e a protecção dos portugueses”.

António Costa estabeleceu ainda outra meta: “Chegar ao final do Verão com 70% da população portuguesa adulta já devidamente vacinada.” “Mas até ao final do Verão temos ainda um longo percurso. Ainda estamos no Inverno, ainda não chegamos sequer à Primavera e vamos ter que prosseguir ao longo destes meses este trabalho notório de ir vacinando com um critério objectivo de salvar vidas e proteger aqueles que são essenciais para nos protegermos a nós”, disse, sublinhando ainda que, “mais do que a vacina, é o comportamento de cada um de nós que trava a expansão da pandemia”.

Em entrevista ao PÚBLICO, a directora-geral da Saúde revelou que a testagem em massa com testes rápidos de antigénio vai avançar, mas de uma forma “controlada” e “com regras”. Graça Freitas estima que será possível chegar aos 100 mil por dia, somando os rápidos e os convencionais (PCR), e revela ainda que a hipótese de recomendar o uso de duas máscaras está a ser estudada.

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