FC Porto salva um ponto no derby

Desvantagem de dois golos ao intervalo foi decisiva para aumentar o ciclo de empates dos “dragões”, que igualaram de penálti, mas deixaram escapar a vitória após novo castigo máximo falhado.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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O FC Porto somou o terceiro empate consecutivo na Liga, prolongando diante do Boavista (2-2) o ciclo de quatro jogos sem triunfos - depois dos deslizes para o campeonato e para a Taça de Portugal - e colocando-se numa posição cada vez mais fragilizada na luta pelo título.

O Boavista chegou ao intervalo a vencer por 0-2, mas os “dragões” anularam a desvantagem, tendo falhado um penálti (o segundo) e marcado um golo anulado no último minuto do tempo regulamentar pelo videoárbitro. Agora, os ainda campeões nacionais estão em risco de verem aumentar a desvantagem para a liderança, correndo o risco de ver Benfica e Sp. Braga aproximarem-se do segundo lugar.

A noite não podia ter começado de melhor forma para os “axadrezados”, que surpreenderam pela desenvoltura da ideia de jogo proposta, a acrescentar mais uma camada de tensão ao momento do FC Porto. 

Sem Mbemba entre as opções, Sérgio Conceição teve em Diogo Leite o elo mais susceptível, sem o indispensável discernimento para ler as movimentações de Elis, suficientemente desestabilizadoras num esquema que colocava as fichas todas na linha defensiva, com cinco unidades, e pedia ao hondurenho uma missão sabotadora. Elis cumpriu na perfeição, depois de ter colocado Marchesín em sentido logo aos dois minutos. O guarda-redes argentino evitou o primeiro mas não estava preparado para a entrada fulgurante do equatoriano Porozo, a iludir a marcação de Diogo Leite no primeiro canto do Boavista (8’) e a marcar num cabeceamento irrepreensível.

Para o FC Porto, este era um percalço importante, ainda que a equipa tenha tentado recuperar a serenidade e o controlo. Mas sem Luis Díaz e Uribe, e com João Mário encostado à esquerda, nem o regresso de Corona parecia capaz de elevar o nível de um conjunto demasiado previsível, desinspirado e incapaz de desposicionar um Boavista confortável nas tarefas defensivas e com capacidade para imprimir ritmos que “dragões” sentiam dificuldade em acompanhar nas transições. 

As excepções foram uma ocasião na cabeça de Marega e um remate “traiçoeiro” de Sérgio Oliveira, a que Léo Jardim reagiu instintivamente depois do desvio num defesa.

Para agravar o quadro, já depois de Elis ter repetido o gesto acrobático e obrigado Marchesín a uma defesa de recurso, e quando o jogo caminhava para o intervalo, o hondurenho criou nova onda de choque, marcando o segundo golo “axadrezado” no período de compensação. O Boavista conseguia uma eficácia assinalável, marcando dois golos em quatro remates enquadrados com a baliza portista, e obrigava Sérgio Conceição a recorrer a Otávio, lançado juntamente com Grujic na segunda parte.

As alterações, com Zaidu a assumir o corredor e Sarr a posição de Diogo Leite no eixo, trouxeram uma dinâmica que rendeu um golo regenerador para os “azuis e brancos” (novamente da autoria de Taremi), colocando pela primeira vez o Boavista numa posição de dúvida, aumentada pela lesão do central Rami, a gerar instabilidade no eixo, entregue a três centrais bastante jovens.

 O FC Porto intensificou o assédio, obrigou o Boavista a abdicar praticamente das iniciativas no ataque, e já com Evanilson e Francisco Conceição em campo, chegou à igualdade na sequência de um penálti de Devenish sobre o avançado brasileiro.

Os “dragões” dispuseram de novo penálti a quatro minutos dos 90, num derrube a Francisco Conceição, mas Sérgio Oliveira, que não falhara no primeiro, acertou no poste e manteve o resultado empatado. 

No último minuto, após novo lance de Francisco Conceição, Evanilson ainda marcou o golo que daria a vitória, mas que o árbitro anulou (após intervenção do VAR), por mão do brasileiro na sequência de um ressalto num defesa adversário.
 

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