Iraque

Estes ursos-pardos viviam em casas — agora são livres

Ari Jalal/Reuters
Fotogaleria
Ari Jalal/Reuters

As longas garras do urso-pardo deixam marcas nas árvores das florestas densas ou montanhosas, mas não devem ter de derrubar uma porta de madeira de uma sala, de um armário da cozinha ou de uma cómoda do quarto. No entanto, é cada vez mais comum encontrar ursos, tigres ou leões nas casas das famílias mais ricas do Iraque, alertam activistas pelos direitos dos animais locais, que esta semana, vencida alguma confusão, conseguiram libertar seis destes animais selvagens que se encontravam em cativeiro.

Nas imagens, um urso-pardo dentro de uma jaula olha para o exterior onde voluntários da Kurdish American Cooperation se preparam para soltá-lo nas montanhas do Curdistão iraquiano, onde a espécie está quase extinta. É a terceira vez em quatro anos que o fazem, explicou à Reuters Bland Brifkani, director da organização. O medo inicial detectado no focinho do animal depressa se transforma em alvoroço: o cativeiro acabou.

Os alertas das redes de activistas têm sido cada vez mais frequentes e a organização tem sido pioneira em combater esta realidade, que, conforme explica o veterinário Suleiman Saeed, “se tornou numa tendência entre os iraquianos” mais abastados — compram estes animais com o objectivo de os manter nas suas casas “atrás das grades”.

Para o veterinário, libertar estes mamíferos não só não chega para alterar comportamentos, como é perigoso. Habituados a conviver com humanos, podem facilmente cair nas garras dos caçadores. A solução, dizem os activistas, passa por criar uma lei que proíba manter animais selvagens em casa.

Texto editado por Amanda Ribeiro

Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters
Ari Jalal/Reuters