Tóquio 2020: COI respeita demissão de Yoshiro Mori

Thomas Bach elogia contribuição do presidente do comité organizador dos Jogos.

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LUSA/FRANCK ROBICHON

O Comité Olímpico Internacional (COI) “respeita plenamente” a decisão de Yoshiro Mori de renunciar à presidência do comité organizador de Tóquio2020 e “entende as razões”, afirmou o presidente do organismo, Thomas Bach.

O japonês Yoshiro Mori, de 83 anos, apresentou a demissão após a controvérsia desencadeada pelos seus comentários sexistas na semana passada, de que “as mulheres têm dificuldade em ser concisas”, durante uma reunião do organismo a que presidia.

“As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante”, sustentou Mori.

“Gostaríamos de lhe agradecer [a Mori] pela sua notável contribuição para a organização dos adiados [para o Verão de 2021] Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio2020”, acrescentou Thomas Bach em comunicado.

Segundo o alemão, “Mori ajudou a tornar Tóquio a cidade olímpica mais bem preparada da história” e “o COI continuará a trabalhar lado a lado com o seu sucessor para realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 em 2021”.

O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC) e membro do COI, o brasileiro Andrew Parsons, espera que as reacções provocadas pelas declarações sexistas de Yoshiro Mori sejam aproveitadas “para que a sociedade dê mais ênfase à diversidade e à inclusão”.

“Não apenas em termos de representação de género, mas também de raça, sexualidade e pessoas com deficiência”, disse Andrew Parsons em comunicado, após saber da renúncia de Yoshiro Mori.

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