Conselho de Arbitragem considera ameaças a Luís Godinho “extremamente graves”

Prestação do árbitro no Sp. Braga-FC Porto alvo de forte contestação. Participação às autoridades está em curso.

Foto
LUSA/HUGO DELGADO

As ameaças ao árbitro Luís Godinho e respectiva família estão a ser tratadas “como algo extremamente grave”. Foi esta a posição tomada nesta quinta-feira pelo Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), depois da contestação que se seguiu ao encontro Sp. Braga-FC Porto, da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.

“O Conselho de Arbitragem foi informado pelo árbitro internacional Luís Godinho da existência de ameaças, que também foram feitas a familiares, no seguimento do jogo desta quarta-feira à noite, em Braga”, adianta a direcção do organismo, em comunicado.

O CA, liderado por José Fontelas Gomes, revela também que nas últimas horas voltaram a ser disponibilizados nas redes sociais os contactos telefónicos dos árbitros, considerando que se trata de “um incitamento à violência e um insuportável atentado à privacidade e serenidade dos agentes de arbitragem”.

O organismo condena as ameaças e lembra que estas “infelizmente não são uma novidade no futebol nacional”, deixando o desejo de que “as autoridades sejam capazes de intervir” e “levar perante a justiça” quem age desta forma. “Todos os clubes e agentes desportivos devem unir-se e repudiar, de forma inequívoca e firme, este tipo de ameaças. Estamos certos de que tal sucederá”, conclui o Conselho de Arbitragem.

A situação levou a uma monitorização pela polícia da viagem de regresso a casa de Luís Godinho, e, de acordo com o que fonte do CA adiantou à agência Lusa, o árbitro da Associação de Futebol (AF) de Évora irá fazer uma participação às autoridades, para tentar encontrar os autores das ameaças.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários