Bayern de Munique doma Tigres e sagra-se campeão do mundo

Equipa de Hans-Flick conquistou o sexto troféu da época, igualando feito do Barcelona de Pep Guardiola em 2009.

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Momento do jogo entre o Bayern Munique e o Tigres Reuters/IBRAHEEM AL OMARI

O Bayern de Munique sagrou-se esta quinta-feira campeão mundial de clubes, ao bater por 1-0 os mexicanos do Tigres, para suceder ao Liverpool como a melhor equipa do mundo, graças a um golo de Pavard (60'). 

Depois de o Palmeiras de Abel Ferreira ter falhado o pódio frente ao Al Ahly — os egípcios foram menos desastrados no desempate por penáltis, vencendo por 3-2, após um nulo nos 90 minutos — o Mundial de Clubes, no Qatar, reservava uma final inédita, entre o estreante Tigres e o campeão europeu Bayern Munique.

Os alemães apresentavam-se sem Müller (testou positivo a SARS-CoV-2) e sem Boateng (dispensado na sequência da morte da ex-companheira), mas com argumentos mais do que suficientes para conquistar o troféu pela segunda vez e elevar para seis as conquistas da equipa de Hans-Dieter Flick, que teve o português Tiago Dantas entre as opções de banco.

Sem complexos, o Tigres exibiu as garras a um Bayern difícil de intimidar, apesar de Gignac e Quiñones. Os alemães procuraram a referência Lewandowski em busca do golo que acelerasse o triunfo, mas o polaco parecia enferrujado e falhou (6’ e 14’) o que normalmente não perdoa, concedendo algum tempo extra ao adversário.

Atento, Neuer anulava o lance mais perigoso dos mexicanos, enquanto Kimmich mostrava como se marca de meia distância.

Felizmente para o Tigres, o golo do Bayern não contou, servindo apenas para cobrir o VAR de ridículo: adiantado relativamente à linha defensiva, Lewandowski cruzou, sem interferência, o campo de visão do guarda-redes Guzmán, quando a trajectória da bola deixava claro que o argentino (tapado por um companheiro), não tinha qualquer possibilidade de defesa, independentemente do movimento do goleador polaco.

Flick encolhia os ombros, mas o Bayern não cruzava os braços e partia para uma série de raides em que esteve perto de levar o oponente ao tapete. Davies, Coman e Sané (ao poste) mostravam o poderio alemão, a que faltava apenas um finalizador à altura... Figura encontrada a meia hora do fim, num remate de Pavard, apesar do erro do árbitro assistente, que anulou o lance. 

Oportunidade para o VAR se redimir e validar um golo legal que obrigou o Tigres a abandonar a estratégia inicial de esperar um erro dos alemães, que começavam a pensar na Bundesliga, poupando o trio de ataque. 

Ainda assim, foi do Bayern a melhor oportunidade de golo, com um remate de Tolisso ao poste de Guzmán, que ainda evitou o segundo mesmo em cima da linha num atraso de Salcedo.

O argentino impediu mesmo os alemães de encerrarem a discussão no assalto final do Bayern, que poderia ter construído um resultado mais generoso e consentâneo com o futebol praticado.

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