FC Porto volta a ceder em Braga, agora após duas expulsões

Erro de Matheus deu vantagem aos portistas, que voltaram a ceder nos instantes finais e, agora, na sequência de duas expulsões. Presença no Jamor vai decidir-se no Dragão.

Jogadores do FC Porto festejam o golo de Taremi
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Jogadores do FC Porto festejam o golo de Taremi LUSA/HUGO DELGADO
Sérgio Conceição
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Sérgio Conceição LUSA/HUGO DELGADO
Taremi, foi o autor do único golo do FC Porto
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Taremi, foi o autor do único golo do FC Porto LUSA/HUGO DELGADO
Carlos Carvalhal
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Carlos Carvalhal LUSA/HUGO DELGADO
Momento do jogo entre o Sp. Braga e o FC Porto
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Momento do jogo entre o Sp. Braga e o FC Porto LUSA/HUGO DELGADO
O alívio falhado de Matheus que deu em golo para o FC Porto
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O alívio falhado de Matheus que deu em golo para o FC Porto LUSA/HUGO DELGADO

O FC Porto voltou a empatar em Braga, depois de ter estado em vantagem, que deixou escapar aos 90+12’, quando a equipa de Sérgio Conceição estava reduzida a nove unidades por expulsão de Luis Díaz e Uribe. Apesar do desfecho, o Sp. Braga, que perdeu David Carmo para o resto da época com uma lesão grave, pode ter complicado as contas da meia-final da Taça de Portugal, que terá de resolver na segunda mão, no Dragão, em Março, perante um adversário que em dois jogos só recuou em inferioridade numérica.

Sem os indisponíveis Otávio e Corona, o FC Porto surgiu em Braga sem mais concessões e sem qualquer tipo de surpresa, confirmando-se a continuidade de Sarr à esquerda e a entrada de Fábio Vieira para uma missão mais complexa face às comparações a estabelecer com o mexicano expulso no último jogo com os minhotos, a contar para o campeonato.

Carlos Carvalhal alterou um pouco mais a fisionomia da equipa, com Lucas Piazón, Sporar e Sequeira de início, procurando explorar em particular a dinâmica imprimida pelo brasileiro no duelo anterior, em que fez as duas assistências que evitaram a derrota do Sp. Braga.

Apesar das diferenças, a história não se alterou significativamente, com os portistas a superiorizarem-se, ascendente que se traduziu num golo de vantagem ao intervalo. Golo obtido na sequência de um erro fatal do guarda-redes Matheus, num alívio deficiente a colocar a bola nos pés de Taremi.

O iraniano fez o “chapéu” perfeito, beliscando o trabalho positivo do guardião brasileiro em lances como aquele em que deteve um petardo de Sérgio Oliveira, três minutos antes.

O Sp. Braga não conseguia evitar o que Carlos Carvalhal mais temia neste tipo de jogos a eliminar: um golo em casa que poderá assumir um peso decisivo nesta meia-final. Mas conseguia reagir e explorar as inseguranças e fragilidades portistas, numa altura em que a equipa parece pouco confortável em posse, precipitando-se em zonas de risco, convidando o adversário a agigantar-se.

Ainda assim, o crescimento dos minhotos não teve correspondência em termos práticos, especialmente nas zonas de finalização, onde não criou ocasiões flagrantes para marcar. Capítulo em que o FC Porto se destacava com um par de acções de Taremi e Fábio Vieira, a dupla que mais vezes testou os níveis de concentração de Matheus, que não se deixou abater pelo golo oferecido ao avançado iraniano, resolvendo todas as situações de crise até ao intervalo.

O FC Porto ia adiando o golo que afundaria o seu opositor na eliminatória, sujeitando-se a uma segunda parte mais agitada para a defesa “azul e branca”.

Depois de 45 minutos na penumbra, Sporar mostrou-se a Pepe e Mbemba, criando e desperdiçando as duas primeiras grandes oportunidades do segundo tempo. Em especial a segunda, num desvio subtil a tirar a bola do alcance de Diogo Costa, mas sem a indispensável pontaria.

Insatisfeito, Carvalhal lançou Gaitán, Borja e André Horta na tentativa de inverter o curso do jogo. Mas o momento mais marcante da noite seria a lesão de David Carmo, atingido por Luis Díaz em lance de golo iminente do FC Porto. Ao tentar a intercepção, o defesa não evitou o choque com o colombiano, já em queda depois de desferir o remate.

Após rever o lance, o árbitro expulsou Luis Díaz, repetindo-se a história do jogo do campeonato, com o FC Porto em inferioridade numérica nos últimos 20 minutos, mas desta vez com apenas um golo de vantagem para defender.

Apesar do sentimento de revolta instalado no banco portista, Sérgio Conceição encontrou uma fórmula capaz de equilibrar a equipa e de resistir ao assédio dos minhotos, intensificado nos 12 minutos de compensação, com sucessivas vagas repelidas com maior ou menor dificuldade.

Mas a história só ficaria completa depois de nova expulsão directa, por agressão de Uribe a Esgaio. E foi já com apenas nove elementos em campo que o FC Porto sofreria o golo do empate, quando Fransérgio fez a recarga a um remate ao poste de Sporar.

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