China ameaça sancionar países que boicotarem os Jogos Olímpicos de Inverno

Artigo no Global Times reage à tomada de posição de alguns deputados e de grupos de defesa dos direitos humanos.

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Reuters/TINGSHU WANG

A China ameaça responder com sanções severas aos países que decidirem boicotar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. A posição do Governo chinês é expressa num artigo assinado pelo director do jornal apoiado pelo Estado, Global Times

“Boicotar os Jogos de Inverno de Pequim, em 2022, é uma ideia impopular, que não irá receber apoio alargado. O COI [Comité Olímpico Internacional] e os atletas vão opor-se a isso e a China vai sancionar seriamente todos os países que seguirem esse apelo”, escreveu Hu Xijin, no domingo.

Na base desta afirmação esteve um artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian, intitulado “Membros do Parlamento instam atletas olímpicos britânicos a boicotarem Jogos de Pequim em 2022”. Uma posição à qual se seguiu a de vários deputados canadianos, que assinaram uma carta, na passada semana, a apelar a que o evento fosse relocalizado.

A propósito do início da contagem decrescente para a competição (falta um ano para a prova), uma coligação de 180 grupos de defesa dos direitos humanos já tinha apelado a um boicote aos Jogos de Pequim, tendo o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros desvalorizado essa tomada de posição.

Em causa está a forma como o Governo chinês tem lidado com os uigures, membros de minoria muçulmana, na região de Xinjiang. 

Os Jogos Olímpicos de Inverno, que serão pela primeira vez organizados pela China (depois dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008), preparam-se para ser os maiores de sempre, atribuindo 109 medalhas. O início do evento está previsto para 4 de Fevereiro do próximo ano.

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