O jazz conjugado no presente é a razão da Roda Music

Na altura de editar o primeiro disco do projecto Círculo, Luís Figueiredo, Mário Franco e Rita Maria decidiram criar a própria editora. E não tardaram a descobrir o quanto esse gesto lhes expandiu a criatividade.

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Gonçalo Brou

Na vida criativa dos músicos de jazz, os discos, por vezes, simplesmente acontecem. Nem sempre obedecem a planos gizados com absoluto pormenor, preparados ao longo de meses ou mesmo anos, não são ensaiados até à obsessão para garantir que o estúdio se “limita” a captar da forma mais fiel possível aquilo que já se sabe ao detalhe como vai soar diante dos microfones escolhidos a dedo. Não quer dizer que não haja lugar à espontaneidade no mundo pop/rock, nem que o jazz torça o nariz ao planeamento. Mas a verdade é que a própria essência jazzística vive do imprevisto e de apenas se cumprir por inteiro no momento em que acontece. O objectivo não passa tanto por garantir que cada take se parece com aquilo que foi anteriormente sonhado, mas antes por convocar uma dose de inesperado irrepetível. Ir onde nem o sonho se atreveria a chegar, portanto.

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