Quando Clarice Lispector escreve, “ela é uma bruxa”

Nádia Battella Gotlib recomenda a literatura de Clarice Lispector em contraponto ao mundo actual. “É um mundo de pesadelo, de destruição da Terra e dos valores humanísticos. Clarice vem numa hora assim e quem sabe nos salva.” A professora de literatura e biógrafa brasileira de Lispector é a convidada do próximo Encontro de Leituras onde se vai discutir o romance A Paixão Segundo G.H.. Para já fala-nos da alquimia de linguagem em Lispector, levando o leitor para onde ela quer.

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Enric Vives-Rubio/Arquivo

A professora de literatura Nádia Battella Gotlib diz que teve uma overdose de Clarice Lispector (1920-1977) no final do ano passado quando se comemorou o nascimento da grande autora de origem ucraniana que se naturalizou brasileira e viveu em Maceió, Recife e Rio de Janeiro, mas também nos Estados Unidos e em vários países europeus. Autora de Clarice – Fotobiografia (Edusp/Imprensa Oficial de São Paulo), com mais de 800 imagens (2008), lançado em Portugal em 2009, e da biografia Clarice, uma vida que se conta, editado no Brasil pela Ática em 1995 e, mais recentemente, pela Edusp, Nádia lembra numa conversa telefónica a agitação que foi, apesar da pandemia por Covid–19.

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