Portugal registou mais 240 mortes por covid-19 e 9083 novos casos de infecção na terça-feira, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira. É o valor diário de óbitos mais baixo desde 22 de Janeiro e a quarta-feira com menos casos identificados desde 30 de Dezembro, quando foram reportadas 6049 novas infecções.

O número de vítimas mortais sobe assim para 13.257 e o total de infectados ascende a 740.944 desde o início da pandemia.

É o quarto dia consecutivo com menos de dez mil casos reportados em 24 horas, algo que não acontecia desde 12 de Janeiro (de 9 a 12 de Janeiro os relatórios deram conta de 9478, 7502, 5604 e 7259 novos casos, respectivamente). Um outro indicador que demonstra uma quebra do número de novos casos é a redução das infecções detectadas nesta terça-feira em comparação com os dados da semana anterior. O boletim de 27 de Janeiro indicava 15.073 novos casos, mais 5990 do que os registados esta quarta-feira – uma redução de 40%.

O pico de contágios no país parece ter sido ultrapassado, mas os valores da incidência continuam “brutalmente elevados”, mais altos nesta altura do que em todas as outras fases da pandemia. Por essa razão, especialistas ouvidos pelo PÚBLICO reforçam que é mais importante do que nunca manter as restrições e cautelas, e “desconfinar” ainda é uma palavra “proibida”.

O relatório de situação actualizado indica que há 6684 pessoas internadas, menos 91 do que no dia anterior. É o segundo dia consecutivo com um saldo negativo de internamentos, ou seja, com mais gente a sair dos hospitais do a entrar. Tal cenário não se verificava desde a terceira semana de Dezembro, quando houve quatro dias consecutivos de redução de doentes hospitalizados, de 22 a 25 de Dezembro.

Já o número de infectados em unidades intensivos aumentou: mais 25 durante terça-feira, aumentando o total para um recorde de 877.

Há mais 11.218 pessoas recuperadas, aumentando o total de recuperações no país para 563.174. Excluindo estes casos e os óbitos, há 164.513 casos activos em Portugal, menos 2375 do que no dia anterior.

A maior parte das infecções foram identificadas em Lisboa e Vale do Tejo (4544), com o Norte a ser responsável por 2365 dos novos casos. As duas regiões contabilizam 6909 dos novos casos notificados no boletim desta quarta-feira (76%). 

Seguem-se o Centro, com 1387 novas infecções, o Alentejo, com 389 casos; o Algarve, com 267 infecções; a Madeira, com 120; e os Açores com 11.

Lisboa e Vale do Tejo é também responsável por quase metade das mortes nacionais na terça-feira, com 113. Foram ainda registadas 46 mortes na região Centro, 43 no Norte, 16 no Alentejo, quatro no Algarve e uma na Madeira.

O Norte é a região mais casos identificados desde o início da pandemia, com 4654 mortes em 311.373 casos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 5230 mortes (o máximo nacional) e 272.471 infecções identificadas.

Já o Centro tem 105.421 infecções e 2353 mortes. O Alentejo totaliza 25.941 casos e 721 mortes. No Algarve foram identificados 17.836 casos de infecção e 230 óbitos. A Madeira regista 44 mortes e 4341 casos de infecção desde o início da pandemia e os Açores registam 3561 casos e 25 mortes.