Região de Lisboa instala 18 estações meteorológicas para medir impacto das alterações climáticas

Esta rede da Área Metropolitana de Lisboa pretende conhecer os padrões associados às alterações climáticas na região e o seu impacto nas comunidades.

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Daniel Rocha

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) anunciou nesta quarta-feira a instalação, até ao verão, de estações para monitorizar a meteorologia nos seus 18 municípios, no âmbito de um projecto para reduzir a vulnerabilidade da região às alterações climáticas.

O projecto CLIMA.AML vai permitir a monitorização da meteorologia e medir o impacto das alterações climáticas nas comunidades locais, através de 18 estações meteorológicas localizadas nos 18 municípios da AML.

Segundo a autarquia metropolitana, a implementação do CLIMA.AML está a decorrer desde Janeiro deste ano e até ao final do primeiro semestre de 2023, sendo que as estações de monitorização têm de estar a funcionar nos municípios dentro de seis a sete meses.

Ainda segundo a mesma fonte, actualmente estão a ser ultimados os dados técnicos para os concursos de fornecimento das 18 estações meteorológicas, que devem ser lançados em breve.

Esta rede da AML pretende conhecer os padrões associados às alterações climáticas na região e o seu impacto nas comunidades, funcionando em complementaridade com a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA deverá identificar até ao final de Fevereiro os locais exactos onde serão localizadas as estações em cada um dos 18 municípios.

Além das estações, serão também instalados nove micro-sensores de medição urbana e será criada uma plataforma online "que analisará todos os dados e informações essenciais de suporte à monitorização e avaliação dos dados meteorológicos”, realçou a AML.

Ainda segundo a mesma fonte, o CLIMA.AML dá sequência ao Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas, apresentado publicamente em Dezembro de 2019, e “permitirá acumular um vasto conhecimento” com a recolha e disponibilização de dados meteorológicos à escala local.

Permitirá também a recolha de dados quanto “à evolução dos impactos e eventos resultantes das alterações climáticas, os quais, progressivamente, se têm vindo a registar com maior intensidade nesta região metropolitana”, acrescentou.

O objectivo, segundo a AML, é conceber políticas que possam “reduzir a vulnerabilidade e adaptar a área metropolitana de Lisboa às alterações climáticas”.

O projecto prevê ainda o desenvolvimento de acções de comunicação e de sensibilização para as alterações climáticas junto da comunidade educativa.

A rede do projecto CLIMA.AML vai ser construída no âmbito do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, operado pela Secretaria-geral do Ambiente e da Acção Climática, e é financiado pelo programa EEA Grants 2014-2021.

Fazem parte da AML os municípios de Almada, Alcochete, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Oeiras, Odivelas, Palmela, Mafra, Moita, Montijo, Seixal, Sintra, Sesimbra, Setúbal e Vila Franca de Xira.

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