Stacey Abrams, Black Lives Matter, Jared Kushner, Trump: revelados mais nomeados para o prémio Nobel da paz

Nomes são diversos e incluem ainda o opositor russo Alexei Navalny ou a activista pelo clima Greta Thunberg.

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Jared Kushner causou surpresa entre as nomeações para o Nobel da Paz ALEXANDER DRAGO/EPA

A lista de nomes de nomeados para o Prémio Nobel da Paz continua a crescer. Esta segunda-feira foram conhecidos mais alguns: Jared Kushner, o genro e conselheiro do ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, também ele nomeado, são dois dos novos nomes, assim como, também dos EUA, o movimento Black Lives Matter e Stacey Abrams, activista contra as políticas de limitação do direito ao voto na Georgia.

Kushner, nomeado com o seu vice, Avi Berkowitz, foi escolhido por um antigo advogado de Trump, Alan Dershowitz, que podia fazer nomeações como professor aposentado da Faculdade de Direito de Harvard. A razão é a negociação de acordos entre Israel e países do Golfo como os Emirados Árabes Unidos ou o Bahrein. 

Já Trump foi nomeado pelo deputado de direita radical Christian Tybring-Gjedde em Setembro do ano passado – a segunda vez que este deputado fez esta escolha: a primeira foi em 2018, a seguir ao encontro de Trump com Kim Jong-un. Em 2019, Trump não deu os parabéns ao vencedor, o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, dizendo que ele, Trump, merecia mais o prémio.

Stacey Abrams levou a cabo uma campanha contra as políticas de limitação do direito ao voto, que afectam sobretudo eleitores afro-americanos, para registar e levar às urnas a comunidade no seu estado, a Georgia. Esta campanha foi vista como um dos factores que tornou o estado competitivo nas eleições de Novembro – desde 1992, quando Bill Clinton teve uma maioria, que o candidato mais votado foi sempre um republicano – e ainda para as eleições no Senado, que ditaram a actual maioria democrata na câmara.

Entre outros nomeados – estes escolhidos por deputados noruegueses que têm um historial de escolha de vencedores – estão o opositor russo Alexei Navalny, a activista contra as alterações climáticas Greta Thunberg, e a Organização Mundial de Saúde (pela iniciativa Covax, para o acesso a vacinas de países pobres).

As nomeações eram normalmente confidenciais e a lista de nomeados é secreta durante 50 anos, lembra a revista Forbes – mas quem nomeia pode revelar quem escolheu. Milhares de pessoas pelo mundo – de deputados a anteriores vencedores – podem propor candidatos, e o facto de estarem nomeados não implica qualquer apoio do comité do Nobel.

Na lista estão ainda as opositoras bielorrussas Sviatlana Tsikhanouskaya, Maria Kolesnikova e Veronika Tsepkalo, o grupo de defesa de direitos humanos Hungarian Helsinki Committee, o grupo de juízes polacos que defendem os direitos civis IUSTITIA, ou a activista de direitos dos sarauí Aminatu Haidar.

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