Cerca de 50% de fábrica de plásticos de Paredes de Coura salva das chamas

A Doureca centra a sua actividade em borrachas e matérias plásticas, trabalhando sobretudo com componentes para automóveis.

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O incêndio numa fábrica de componentes plásticos em Paredes de Coura, que demorou cerca de seis horas a entrar em fase de rescaldo, poupou cerca de 50% da unidade, afectando “muito” os armazéns, disse nesta segunda-feira a protecção civil.

“A zona mais afectada foi a dos armazéns. Em princípio terá sido aí que o incêndio deflagrou. Cerca de 50% da fábrica foi salva. São duas naves distintas e só uma delas é que ficou muito afectada”, disse hoje à agência Lusa o comandante operacional distrital (CODIS) de Viana do Castelo, referindo tratar-se da parte dos armazéns na qual se encontrava “produto acabado”.

Marco Domingues adiantou que “cerca de 50% da fábrica foi salva”.

“Conseguiu-se evitar que a matéria-prima não fosse afectada. Era essa a principal preocupação, porque é nessa nave que estão os produtos mais perigosos”, acrescentou o responsável.

As chamas deflagraram às 12h50 de domingo e o incêndio entrou em fase de rescaldo às 19h12.

No pico do combate às chamas, a operação chegou a mobilizar cerca de 100 operacionais de 12 corporações de bombeiros, apoiados por 25 viaturas.

Nesta segunda-feira, cerca das 10h20, permaneciam no local nove operacionais e cinco viaturas.

Segundo os dados mais recentes fornecidos à Lusa, a Doureca, do Grupo Dourdin, do sector automóvel, dispõe no parque empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, duas unidades fabris de produção e emprega cerca de 300 trabalhadores.

As chamas não provocaram vítimas, sendo que a “principal dificuldade” com que se depararam os bombeiros “foi a grande intensidade do fogo devido às características do combustível”.

“Era material altamente inflamável. Além das bocas de incêndio, foi preciso garantir um abastecimento de água contínuo, em grande quantidade, aos meios de combate. Daí o pedido de reforço de veículos tanque de grande capacidade aos bombeiros de Braga”, especificou Marco Domingues.

O primeiro CODIS adiantou que as causas do incêndio estão a ser investigadas, sendo que “foi possível apurar que a fábrica não estaria a laborar”.

“Na altura, estariam nas instalações apenas os seguranças”, referiu, garantindo que o incêndio ficou circunscrito aquela unidade fabril.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, explicou que a empresa, instalada no concelho “há muitos anos”, “é uma das que emprega mais gente”.

“Já falámos com os proprietários no sentido de lhes transmitir que podem contar com todo o apoio da Câmara Municipal, como tem acontecido até agora, e como fazemos com todos os empresários. Tudo faremos para que a fábrica retome brevemente a sua actividade normal e consiga manter os postos de trabalho”, disse.

A Doureca, Produtos Plásticos, Lda., uma das empresas a operar na zona industrial de Formariz, centra a sua actividade em borrachas e matérias plásticas, trabalhando sobretudo com componentes para automóveis.

Nenhuma das outras empresas situadas mesma zona industrial foi atingida. Entre elas conta-se uma unidade, ainda em construção, da fabricante de vacinas Zendal.

No parque industrial de Formariz, que até final do ano vai estar ligado à Autoestrada 3 (A3), estão instaladas outras empresas como, por exemplo, o Grupo Kyaia, unidade portuguesa do setor do calçado (detentora das marcas Fly London e Foreva) que está implantada em Paredes de Coura há mais de 25 anos e com 250 trabalhadores.

A ValverIbérica e a ValverPortugal, que produzem artigos plásticos e acessórios para a indústria automóvel, com 100 trabalhadores, o grupo Transcoura, que emprega 130 pessoas, entre outras

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