Rúben Amorim garante que não vai levar João Palhinha ao derby

Sporting e Benfica defrontam-se nesta segunda-feira, em jogo da ronda 16 da I Liga.

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LUSA/ANTONIO COTRIM

Rúben Amorim, treinador do Sporting, recusa levar João Palhinha a jogo no derby frente ao Benfica, marcado para esta segunda-feira (21h30, Sport TV). Ainda é incerto se o castigo disciplinar ao jogador vai ser revertido, mas, mesmo que o seja a tempo do jogo, o médio não irá ser chamado.

“Não iria tirar da equipa o jogador que treinou. O Palhinha não vai jogar e eu seria incapaz de tirar à última da hora o jogador que treinou durante a semana e que foi preparado para essa função”, argumentou, neste domingo, na conferência de imprensa de antevisão da partida, assumindo que nunca teve real esperança de que o castigo fosse revertido.

Ainda acerca da ausência de Palhinha, Rúben Amorim não teve pudor em assumir que o jogador que actuar no lugar do médio fará, necessariamente, coisas diferentes.

“Não estamos preocupados [com a ausência de Palhinha]. É um jogador importante e com características especificas, mas iremos lá de outra forma. Sabemos que vamos perder no confronto físico, capacidade de luta e de construir, por isso os jogadores que jogarem nessa posição vão ter de dividir as funções, o que dará um estilo novo ao jogo”.

Em resposta ao peso deste jogo na luta pelo título, o técnico “leonino” considerou que o Benfica, mesmo perdendo, não ficará fora da corrida. “Penso que nada fica decidido amanhã. Ainda nem entrámos na segunda volta e faltam muitos jogos. Perder este jogo não tira o Benfica do título nem o entrega ao Sporting”, apontou, acrescentando que espera que os jogadores do Sporting, apesar de liderarem o campeonato, sintam o mesmo nível de pressão para vencer do que os adversários.

Sobre a possível vantagem que tira de ter sido treinado por Jorge Jesus, Amorim reconheceu que retira algumas noções, mas apenas isso. “Há dinâmicas como o Weigl baixar para central, os alas jogarem por dentro e a largura ser dos laterais ou um dos avançados descair para um lado. Nós tivemos [no Benfica em que Amorim foi jogador de Jesus] o Lima e o Saviola capazes desses movimentos e o mister sabe jogar com isso. Eu retiro alguns desses posicionamentos, mas pouco mais do que isso. O futebol evoluiu e os jogadores são diferentes e mudam a forma de jogar”.

Amorim lembrou ainda que ter no plantel um jogador como Coates, que também trabalhou com Jorge Jesus, é um detalhe que ajuda na preparação do jogo e que trocou impressões com o defesa uruguaio.

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