Hospital Amadora-Sintra cria rede de oxigénio dedicada a doentes respiratórios que estejam na urgência

Investimento permitirá, segundo o hospital, melhorar “a estabilidade de débitos de oxigénio em toda a rede do HFF”. Na terça-feira, um problema registado na rede de oxigénio obrigou à transferência de vários doentes.

Foto
LUSA/MARIO CRUZ

O Hospital Amadora-Sintra já tem a funcionar “em pleno” um novo tanque de oxigénio para alimentar em exclusivo a Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência Geral, divulgou este sábado a unidade hospitalar.

Numa informação publicada nas redes sociais, o Hospital Fernando da Fonseca (HFF)  explica que o novo tanque foi instalado na sexta-feira e terá uma capacidade para 4.300.000 litros de oxigénio. “Este investimento permite uma melhoria significativa da estabilidade de débitos de oxigénio em toda a rede do HFF”, pode ler-se na nota.

O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) transferiu, entre terça e quarta-feira, 102 pacientes para outras unidades hospitalares, na sua maioria doentes infectados com a covid-19, indicou a assessoria do hospital.

Segundo o Hospital Amadora-Sintra, os problemas registados na rede de oxigénio medicinal na terça-feira estiveram relacionados com dificuldades “em manter a pressão”, nunca tendo estado em causa “a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede”.

Os constrangimentos obrigaram à transferência de doentes “com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito”, ainda de acordo com a unidade hospitalar.

O HFF refere ainda, no comunicado deste sábado que ao longo das últimas semanas a unidade hospitalar tem tido “um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio, designadamente as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras”.

Na terça-feira estavam internados no Hospital Amadora-Sintra 363 doentes com covid-19, tendo-se registado desde o início do ano um aumento de 400% de pacientes hospitalizados naquela unidade infectados com o novo coronavírus, com muitos deles a necessitarem “de oxigénio medicinal em alto débito”.

Portugal registou esta sexta-feira 293 mortes relacionadas com a covid-19 e 12.435 casos de infecção por SARS-CoV-2, atingindo, assim, as 5000 mortes só no mês de Janeiro, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS). O último boletim revela também que estão internadas 6544 pessoas, menos 83 do que na sexta-feira, das quais 843 em unidades de cuidados intensivos (mais 37).

Sugerir correcção
Ler 1 comentários