Em Baião, com o Douro e o Marão na palma da mão

Acordámos com graus negativos, subimos o Marão e ainda vimos neve, terminámos o dia à beira-Douro com direito a um pôr do Sol cinematográfico. Pelo meio, andámos de buggy entre monumentos megalíticos, de jipe e de segway e sentámo-nos diante mesas fartas. Tudo num dia apenas.

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Teresa Pacheco Miranda

A mesa está composta e ainda mais ficará - afinal, esta é terra com fama de mesa farta e o proveito é desde logo nosso: vinha d’alho, alheira, presunto, tortilha para entradas. Lá fora, a noite está gelada; na Pensão Borges, em Baião, o recuperador de calor crepita, entre as paredes de granito do restaurante. O confinamento chegaria dois dias depois, mas antes ainda teremos tempo de fazer reservas de horizontes para os dias, semanas que se adivinham. Um só dia que, não fora a pandemia, teria sido diferente, com certeza. Contudo, os nossos anfitriões também não conhecem outra vida: para eles, foi mais um dia, portanto. Ensombrado apenas pela perspectiva do fecho da actividade que está a cumprir quase um ano de vida: a Bello’Giro abriu quando o país fechava, em Março de 2020.

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