A memória de um passado que nunca deveremos apagar

Mais do que nunca, é fundamental darmos voz ao passado e termos em atenção as lições que tem para nos ensinar. Porque algo é certo: o que aconteceu não mais pode repetir-se.

De há uns anos para cá, vagas de extremismo têm conquistado maior dimensão, um pouco por todo o mundo. A democracia e a liberdade estão em ameaça e o medo volta a ganhar força. É por isso, que, numa altura como estas, faz ainda mais sentido lembrar a História e os erros inultrapassáveis cometidos no passado.

Vai ser inaugurado, em breve, na cidade do Porto, o primeiro Museu do Holocausto na Península Ibérica. O novo espaço museológico terá uma reprodução dos dormitórios de Auschwitz, memorial da chama, fotografias e filmes reais que narram o horror da II Guerra Mundial. Enalteço este projeto da Comunidade Judaica do Porto, que destaca os documentos e memórias que fazem parte da história judaica, mas também da história de todos.

Paralelamente, está também a ser planeada a construção do Museu Judaico na cidade de Lisboa, uma ideia já antiga para salvaguardar e promover a divulgação da herança cultural judaica, numa cidade em que a comunidade judaica assumiu uma especial importância.

Em ambos os casos, percebemos a importância de não deixar apagar a memória. Ao longo do tempo, as comunidades judaicas espalhadas pelo mundo deixaram a sua marca, a vários níveis, contribuindo para a evolução das sociedades, a diversidade cultural, o crescimento financeiro. Mais do que nunca, é fundamental darmos voz ao passado e termos em atenção as lições que tem para nos ensinar. Porque algo é certo: o que aconteceu não mais pode repetir-se e depende de todos nós lutarmos contra os extremismos e contra o medo.

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