Rui Rio, o coveiro negacionista

Aqui está uma tática com que a direita pode ganhar o poder sem se desonrar: reconstruir a AD, com a Iniciativa Liberal no lugar do PPM, e excluir deliberadamente dela a extrema-direita. Infelizmente, este caminho não vai ser seguido por causa de um homem, Rui Rio.

Até me custa fazer isto, mas aqui está uma tática com que a direita pode ganhar o poder sem se desonrar: reconstruir a Aliança Democrática, com a Iniciativa Liberal no lugar do PPM, e excluir deliberadamente dela a extrema-direita (como, aliás, Sá Carneiro exigiu que se fizesse na primeira AD). Construir um programa reformista de direita, com coisas de que eu não gosto e às quais me oporei ferozmente e contra as quais farei tudo o que puder para que não ganhem eleições, mas que recusem qualquer proximidade com a xenofobia, o racismo e o autoritarismo ditatorial agora francamente assumidos pelo líder da extrema-direita. E depois dizerem aos seus eleitores: “se querem mesmo que a esquerda perca a maioria e o poder, o vosso voto só pode ser aqui; qualquer voto na extrema-direita é um voto desperdiçado”.

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