Monique Roffey venceu Prémio Costa de Livro do Ano com romance sobre sereia

Romance The Mermaid of Black Conch estava entre os finalistas das cinco categorias gerais.

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Ian Gavan, Getty Images

A escritora Monique Roffey ganhou o Prémio Costa para Livro do Ano 2020 no valor de 30 mil libras (35 mil euros), com a obra The Mermaid of Black Conch, uma história de amor passada numa pequena aldeia das Caraíbas entre um pescador e uma sereia, foi anunciado terça-feira à noite.

The Mermaid of Black Conch é um livro extraordinário, lindamente escrito, visceral e cativante — cheio de energia mítica e personagens inesquecíveis, incluindo algumas mulheres muito transgressoras”, disse a presidente do júri, Suzannah Lipscomb, citada pelo comunicado do prémio. The Mermaid of Black Conch: A Love Story ​é o sexto romance da escritora britânica nascida em Trindade e Tobago em 1965, foi publicado pela Peepal Tree, uma editora especializada em literatura das Caraíbas, e já tinha sido escolhido para o Prémio Costa de Melhor Romance, quando foram anunciados os vencedores nas diversas categorias do prémio no início de 2021.

Monique Roffey, que se inspirou numa lenda taíno das Caraíbas para escrever o livro que se passa em 1976 na ilha de Black Conch, disse que o prémio significa “um voto em várias coisas”: “na literatura das Caraíbas, na forma experimental, no realismo mágico, nas editoras independentes e, claro, nas sereias.” O júri acrescentou ainda que o romance tem a potencialidade de se transformar num “clássico” e foi escrito por “uma escritora que está no auge dos seus poderes”. Os romances anteriores de Roffey, que incluem The White Woman on the Green Bicycle e House of Ashes, estiveram entre os finalistas dos prémios Orange, Encore e Costa.

Lançado em 1971, o Prémio Costa é um dos mais prestigiados e populares galardões literários do Reino Unido, distinguindo anualmente os melhores livros do ano, escritos por autores residentes no Reino Unido e na Irlanda.

O prémio tem cinco categorias — cada uma delas é avaliada separadamente por um painel de três juízes —, sendo o vencedor de Livro do Ano escolhido entre um dos vencedores das várias categorias e seleccionado por um painel de nove membros, que inclui representantes dos painéis originais.

No início de Janeiro, Lee Lawrence foi distinguido na categoria de biografia, com The Louder I Will Sing: A story of racism, riots and redemption, Ingrid Persaud na categoria de primeiro romance, com Love After Love, Eavan Boland, que morreu em Abril do ano passado, na categoria de poesia, com The Historians, e Natasha Farrant na categoria de livro infantil, com Voyage of the Sparrowhawk.

No ano passado, o Prémio Livro do Ano foi para The Volunteer, de Jack Fairweather, a biografia de Witold Pilecki, herói da resistência polaca, na Segunda Guerra Mundial, que se infiltrou em Auschwitz.

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