Um líder invencível e confiante para o derby

Sporting triunfou no Bessa sobre o Boavista e reforçou a liderança no campeonato, a uma semana de receber o Benfica em Alvalade.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

O Sporting continua quase perfeito na sua estratégia do “jogo a jogo”. Com mais ou menos brilhantismo, os “leões” continuam a deixar muito poucos pontos em cima da mesa e, nesta terça-feira, voltaram a ficar com todos, com um triunfo por 0-2, no Bessa, frente ao Boavista, na 15.ª jornada da I Liga. Os lisboetas continuam sem perder no campeonato e já levam 39 pontos em 45 possíveis, cavando uma distância de quatro pontos para o FC Porto e de seis para o Benfica, que irá ter pela frente na próxima ronda. Já o Boavista mantém-se no último lugar e sem ganhar no campeonato há quase dois meses.

O jogo foi exactamente o que se podia esperar de um embate entre um líder invencível e um último classificado que raramente ganha. O líder invencível dominou, venceu bem e podia ter marcado o triplo dos golos, o último que raramente vence mostrou por que razão… raramente ganha. A pensar no reforço da liderança, os “leões” marcaram cedo e esvaziaram a estratégia ultra-defensiva do Boavista, que raramente deu uma resposta à altura, bem longe do que tinha feito no último (e único) jogo que ganhou no campeonato — um já longínquo 3-0 ao Benfica, em Novembro do ano passado.

Sem Pedro Gonçalves (castigado) e com Matheus Nunes no lugar de Palhinha (uma estratégia de poupança para o derby da próxima segunda-feira que saiu furada), o Sporting apresentou-se no Bessa perante uma defesa a cinco que era, na verdade, uma defesa a 11 — toda a gente no Boavista tinha a missão de tapar os caminhos da sua baliza. E os “axadrezados” até foram razoavelmente competentes neste propósito, mas só o conseguiram ser durante 22 minutos, até ao momento em que a bola entrou na baliza de Léo Jardim.

Tudo começou num cruzamento de Nuno Mendes, bem medido, para a área, onde Nuno Santos encostou para o 0-1. O árbitro assistente levantou a bandeira a assinalar fora-de- jogo, mas a revisão do VAR reverteu esta decisão inicial e, três minutos depois, o Sporting festejava o golo. 

E podia ter festejado mais durante a primeira parte, num remate ao lado de Nuno Mendes, num tiro de Jovane Cabral que Jackson Porozo tirou em cima da linha de golo, e num incrível falhanço de João Mário na cara de Léo Jardim — o guardião brasileiro do Boavista defendeu com a perna.

Para a segunda parte, Jesualdo tentou dotar a sua equipa de mais valências ofensivas, com a introdução de Nuno Santos e Benguché, mas foi o Sporting a voltar a criar perigo, numa jogada que só não deu golo por tremenda falta de pontaria. O cruzamento de Nuno Santos foi perfeito, mas Sporar falhou incrivelmente quase em cima da linha de golo. E, aos 60’, João Mário teve espaço para rematar numa jogada de contra-ataque, mas o seu disparo saiu por cima.

O jogo podia bem ter seguido o caminho do clássico “quem não marca, sofre” e o Boavista, com mais gente do meio-campo para a frente, mostrou-se um pouco mais afoito, mas sem criar verdadeiramente uma situação de golo. Só que o jogo não foi por aí. Aos 77’, Pedro Porro assinou mais um grande momento, com um tremendo remate de muito longe, um 0-2 que deu uma tremenda tranquilidade ao Sporting no jogo.

Mas nem tudo foram rosas para o Sporting no Bessa, que perdeu um homem importante para o jogo da próxima segunda-feira, com o Benfica — Palhinha tinha começado no banco e, quatro minutos depois de entrar, viu o amarelo que o tirou da próxima jornada. Foi a única coisa que não correu bem aos “leões”, que saíram do Porto com liderança reforçada e com a confiança em alta. É exactamente assim que precisam de estar na próxima semana.

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