FC Porto sem faro de golo não ia ganhando para o susto

“Dragões” bateram o Farense com um golo solitário de Taremi e pressionam o líder Sporting.

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LUSA/Luís Forra

O FC Porto venceu o Farense na 15.ª jornada da Liga (0-1) e isolou-se no segundo lugar, tirando partido do deslize do Benfica. Os “dragões” estão provisoriamente a um ponto do líder, que joga na terça-feira com o Boavista.

Com Marchesín, Manafá, Otávio e Taremi de regresso ao “onze” inicial, o FC Porto procurava compensar a ausência de Sérgio Oliveira no meio-campo.

Ferido pela derrota na Taça da Liga e animado pelo empate do Benfica com o Nacional, na Luz, o FC Porto interiorizava a necessidade de resolver rápida e inequivocamente o desafio de Faro, perante um adversário imbatível no São Luís, onde actuou pela última vez para a Liga há duas semanas (viu o jogo com o V. Guimarães adiado).

Sérgio Conceição aproveitava o facto de os algarvios não disporem de uma muralha — Sérgio Vieira voltou a adaptar o médio Bura a defesa-central — para projectar os laterais, libertando Otávio e Corona para as combinações de que iam vivendo Taremi e Marega. Os “dragões” haveriam mesmo de chegar ao golo numa infiltração do lateral que Taremi capitalizou. Isto depois de duas tentativas incipientes de Marega bater Defendi.

O Farense ainda tentou recompor-se, partindo para uma sucessão de lances de bola parada junto da baliza portista. E de um canto (19’) nasceria a polémica, com Corona a tentar cortar um lance com a cabeça e a jogar a bola com o braço. O árbitro nada assinalou e o VAR considerou que o mexicano não infringiu as regras por não ter tentado ganhar volumetria.

Assim, o jogo atingiu o tempo de descanso sem mais golos, apesar de o FC Porto ter estado por quatro vezes em posição privilegiada para aumentar, com Corona, Otávio, Taremi e Zaidu a desperdiçarem ocasiões suficientes para resolver a partida.

Perante a desinspiração “azul e branca” na definição dos lances capitais, foi preciso reforçar os índices de concentração na segunda metade, período em que o Farense trocou o médio defensivo Filipe Melo por um jogador com características semelhantes, não arriscando mais do que o necessário.

Uma leitura que antecipava um cenário de emergência perante o assédio portista, confirmado por uma entrada decidida, com Uribe, Otávio e Corona a manterem a fasquia demasiado elevada para que o Farense pudesse organizar-se e partir em busca do golo da igualdade.

Stojiljkovic ainda tentou espreitar uma brecha, mas era Defendi quem brilhava intensamente, negando o segundo golo a Otávio com a defesa da noite, antes de desesperar Marega com nova defesa por instinto.

O maliano, que acabara de protestar na sequência de entrada ríspida de Cássio Scheid, a tocar, na grande área, o portista com o pé nas costas, não encontrava o antídoto para neutralizar os algarvios e Otávio não entendia como era possível falhar o alvo sistematicamente.

Nos derradeiros 10 minutos, o Farense ainda colocou o FC Porto em sentido, com duas bolas nos ferros da baliza de Marchesín na mesma jogada, mas os “dragões” seguraram a vantagem e esperam agora pelo desfecho do Boavista-Sporting, para perceberem a total extensão dos dividendos que poderão extrair desta jornada.

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