Covid-19: chefe das Forças Armadas espanhol demite-se após vacinar-se antes do tempo

General Miguel Ángel Villarroya explicou que ao quebrar o protocolo de vacinação, passando à frente dos prioritários, teve como objectivo assegurar a cadeia de comando.

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Miguel Ángel Villarroya Military Wiki

O chefe das Forças Armadas espanholas, o general Miguel Ángel Villarroya, apresentou a demissão, depois de ter sido acusado de ter sido vacinado contra a covid-19 antes do estabelecido pelo protocolo.

Em comunicado, o Estado-Maior da Defesa informa que o chefe da cúpula militar em Espanha apresentou a demissão “para preservar a imagem das Forças Armadas”.

Segundo o diário espanhol El País, em causa está a informação de que o general e outras altas patentes militares foram vacinados na sexta-feira, apesar de não integrarem os grupo prioritários.

Segundo uma fonte do Estado-Maior não identificada pela agência AFP, a demissão foi aceite pela ministra da Defesa, Margarita Robles. O El País diz que a demissão deverá ser formalmente aceite na terça-feira, em Conselho de Ministros.

Numa carta, o general Villaroya justifica a decisão de vacinar-se, e a outros chefes militares, “com a única finalidade de preservar a integridade, continuidade e eficácia da cadeia de comando das Forças Armadas”. O general garante que “nunca” pretendeu “aproveitar-se de privilégios injustificáveis” e assegura estar de “consciência tranquila”.

O plano de vacinação para a Defesa impunha como prioritário o grupo de profissionais de saúde ao serviço da instituição militar e depois os efectivos destacados para missões internacionais.

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