Sporting conquista pela terceira vez a Taça da Liga

Um golo de Pedro Porro, no final da primeira parte, derrotou o Sp. Braga e garantiu aos “leões” a conquista do troféu em Leiria.

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A Taça da Liga nas mãos dos jogadores do Sporting Reuters/PEDRO NUNES
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A festa dos jogadores do Sporting Reuters/PEDRO NUNES
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Coates com a Taça nas mãos LUSA/PAULO CUNHA
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Momento do jogo entre o Sporting e o Sp. Braga Reuters/PEDRO NUNES
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A festa do Sporting após a conquista da Taça da Liga Reuters/PEDRO NUNES
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A desilusão dos jogadores do Sp. Braga LUSA/PAULO CUNHA
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A festa dos jogadores do Sporting LUSA/PAULO CUNHA

Não houve festa nas bancadas, não houve grande espectáculo no relvado, mas houve o “tri” para o Sporting. Tal como o Sp. Braga, os “leões” tinham neste sábado, em Leiria, a possibilidade de conquistarem pela terceira vez a Taça da Liga e, num duelo condicionado pelo mau estado do relvado, a final ficou decidida nos últimos minutos da primeira parte, com um golo do defesa espanhol Pedro Porro. Um ano depois de vencer a prova pelo Sp. Braga, Rúben Amorim derrotou a sua antiga equipa e conquistou o primeiro troféu em Alvalade.

Sporting e Sp. Braga chegaram à decisão do primeiro troféu relativo à época 2020/21 com um calendário sobrecarregado (foi o sexto jogo para as duas equipas em apenas 21 dias). Mas se Rúben Amorim foi conservador ao mudar apenas dois jogadores em relação à meia-final de terça-feira frente ao FC Porto, Carlos Carvalhal surpreendeu ao replicar o “onze” que no dia seguinte tinha derrotado no mesmo palco o Benfica.

Depois de ter ficado privado de quatro jogadores contra o FC Porto devido à covid-19, Amorim já tinha disponíveis Nuno Mendes, Sporar e Luís Neto, mas o técnico apenas lançou de início o jovem defesa esquerdo português. Para além de Nuno Mendes, que substituiu Antunes, a outra novidade do lado dos “leões” foi Jovane Cabral, o principal responsável pelo apuramento sportinguista para a final.

Se as mudanças no Sporting não surpreendiam, as escolhas do Sp. Braga causaram admiração por Carvalhal manter tudo igual. Com menos um dia de descanso em relação ao rival, o técnico tinha disponíveis jogadores com a qualidade de Bruno Viana, André Horta, Iuri Medeiros ou Paulinho, mas Carvalhal repetiu a fórmula utilizada contra o Benfica, com três jogadores na zona central da defesa (Tormena, David Carmo e Sequeira), Esgaio e Galeno a fazerem as alas e o espanhol Abel Ruiz a jogar como “9”.

Más condições do relvado

O plano táctico de Amorim e Carvalhal ficou, no entanto, condicionado pelas más condições que as equipas encontraram. Após um dia de chuva constante em Leiria, áreas significativas da zona central do relvado eram autênticos charcos, e as duas equipas demoraram a adaptar-se ao estado do terreno.

As péssimas condições exigiam um futebol directo e simples, mas com sportinguistas e bracarenses a privilegiarem a bola no pé, as perdas de bola eram constantes e a final, principalmente na primeira parte, tornou-se num confronto com luta a mais e oportunidades a menos.

Nos primeiros 45 minutos, houve apenas dois momentos que quebraram a monotonia: aos 33’, o árbitro Tiago Martins colocou um ponto final numa troca de palavras entre Amorim e Carvalhal com a expulsão dos dois treinadores; aos 42’, Gonçalo Inácio encontrou um buraco do lado esquerdo da defesa minhota para assistir Porro e o espanhol, com um remate bem colocado, fez o golo que acabou por decidir a final.

Com o equilíbrio quebrado, os dois técnicos mexeram ao intervalo. Do lado do Sporting, Amorim prescindiu de Jovane, que já tinha amarelo, lançando Nuno Santos; no Sp. Braga, Carvalhal emendou a opção inicial e lançou o seu trunfo ofensivo mais forte — Paulinho rendeu Ruiz.

Com o seu principal goleador no ataque e mais posse de bola, o Sp. Braga surgiu no início da segunda parte mais vezes no meio-campo dos “leões”, mas mesmo tendo a bola mais vezes por perto, Adán continuou a ter pouco trabalho.

Em cima da hora de jogo, chegou a segunda cartada dos dois bancos, com o Sporting a refrescar o ataque (Sporar no lugar de Tiago Tomás) e o Sp. Braga a correr mais riscos (Iuri Medeiros substituiu Castro).

E com as alterações, a partida mudou. A jogar contra o relógio e mais opções ofensivas, os minhotos assumiram mais riscos e encostaram o Sporting às cordas. Aos 69’, Paulinho e Medeiros combinaram bem, mas Adán impediu o golo do extremo; dois minutos depois, Paulinho acertou na barra do guarda-redes espanhol.

A partir daí, o Sporting assumiu a defesa da curta vantagem (Amorim lançou Matheus Nunes para dar musculo à equipa) e passou por alguns sufocos (já em período de descontos, Adán evitou com uma grande defesa que João Novais empatasse), mas liderados por Coates, que esteve em grande nível, os “leões” não deixaram fugir a vitória.

Para o Sporting, estava assegurada a terceira conquista na Taça da Liga, numa competição fetiche para Amorim: foi a oitava que o técnico venceu — seis como jogador, duas como treinador.

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