Escolas de Lisboa vão continuar a servir refeições aos alunos carenciados

Medida já tinha sido adoptada no ano passado. Nove escolas mantêm-se abertas para receber filhos de pais que não podem ficar em teletrabalho.

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PEDRO GRANADEIRO

Os alunos de Lisboa abrangidos pela Acção Social Escolar e com necessidades de saúde especiais vão poder continuar a almoçar refeições confeccionadas na escola. À semelhança do que aconteceu no ano passado, quando as aulas presenciais foram interrompidas pela primeira vez, a câmara decidiu manter em funcionamento todas as cantinas escolares e os estudantes ou pais podem recolher o almoço e levá-lo para casa.

A medida abrange os alunos dos escalões A e B, explica o gabinete do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo, em comunicado. Também como aconteceu no primeiro confinamento, nove escolas da cidade vão manter-se abertas para receber as crianças com menos de 12 anos cujos pais não podem passar para teletrabalho.

As escolas abertas são a S. Vicente de Telheiras, a de Sta. Clara, a Mestre Arnaldo Louro de Almeida, a Patrício Prazeres, a Secundária do Lumiar, a Secundária do Restelo, a Leão de Arroios, a Natália Correia e a Paulino Montez.

No comunicado, o vereador do Bloco de Esquerda garante que “a câmara municipal vai manter e reforçar os apoios sociais para aliviar o esforço das famílias”. E adianta que na última semana os pedidos de ajuda alimentar aumentaram, levando a um crescimento de 8% na produção de refeições. Actualmente são entregues 3870 kits-refeição por dia.

Desde o início da pandemia que as associações de moradores, IPSS e juntas de freguesia foram chamadas a acorrer aos pedidos de ajuda alimentar, num contexto em que muitos trabalhadores ficaram em layoff ou perderam o emprego. A partir de Fevereiro, vários restaurantes que receberam apoio financeiro da autarquia vão também começar a disponibilizar refeições. Há 3,6 milhões de euros para a iniciativa, afirma Manuel Grilo.

O vereador assegura ainda que vai comprar 500 equipamentos para distribuir por idosos que, assim, passarão a poder aceder ao serviço de teleassistência, promovido em parceria com a Santa Casa.

Os quatro centros de acolhimento a sem-abrigo abertos em Março vão continuar a funcionar, enquanto o Fundo de Emergência Social será reforçado em 4,3 milhões de euros para acorrer às necessidades de organizações dedicadas à intervenção social.

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