Nowo e Goldenergy criam oferta conjunta de energia e telecomunicações

Operadora de telecomunicações e comercializadora de energia juntam-se para captar clientes com promessa dos preços mais baixos do mercado e descontos directos de adesão.

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Parceria comercial para as comunicações e a energia visa "criar alternativas às empresas incumbentes do mercado" Nelson Garrido

A operadora de telecomunicações Nowo e a comercializadora de energia Goldenergy querem chegar a mais clientes e juntaram-se com a promessa de garantir a quem adira à oferta “uma poupança até 300 euros por ano”. Trata-se de um valor calculado “face aos valores médios de mercado apresentados pela concorrência”, nos respectivos sectores, neste mês de Janeiro.

A parceria comercial entre as duas empresas, anunciada esta semana, não traz uma factura conjunta, nem um tarifário especificamente criado para este “casamento”, que pela primeira vez no mercado português está a juntar empresas dos dois sectores, explicaram as empresas ao PÚBLICO. Do lado da Goldenergy o compromisso é o de oferecer a estes clientes sempre o tarifário mais baixo do momento, para os fornecimentos de gás e electricidade.

O presidente executivo da Goldenergy, Miguel Checa, destaca que se trata de um “acordo diferenciador no mercado português”, em que as duas empresas pretendem “criar alternativas às empresas incumbentes do mercado”.

Deixando antever novos acordos no futuro, o líder da comercializadora detida pelo grupo suíço Axpo diz que o objectivo passa por “crescer através de parcerias com marcas e empresas de outros segmentos complementares à oferta de produtos e serviços de energia 100% verde da Goldenergy”.

Quanto à Nowo, fonte oficial salientou que não se trata de um “tarifário exclusivo Goldenergy”, pois pretende “garantir as mesmas condições e vantagens” a todos os clientes. A oferta da Nowo proporciona uma “poupança estimada para um consumo médio familiar anual de 200 euros”, assegura.

Para um pacote que inclui telefone, móvel, Internet e TV, a operadora que tem como accionista a espanhola MásMóvil irá cobrar 17,50 euros nos primeiros seis meses e 35 euros após esse período (a cláusula de fidelização de 24 meses associada a este tarifário visa fazer face a um investimento por cliente de 200 euros).

A empresa sublinha que “a grande vantagem” para os clientes que aderirem a esta proposta comercial é a de ter dois serviços essenciais “aos melhores preços, com os mesmos pressupostos, e ainda um desconto na adesão”.

Um novo cliente que adira à Nowo e à Goldenergy “recebe um desconto em factura de ambos os serviços”, ou seja, desconta 25 euros na Goldenergy e 25 euros na Nowo (isto no caso dos pacotes de serviços fixo/móvel, pois se a adesão for ao móvel pós-pago, o desconto será de 12,5 euros). Já um actual cliente de uma das marcas que adira receberá um desconto de 25 euros no novo serviço que estiver a contratar.

“Os serviços de telecomunicações e energia são vitais para o dia-a-dia dos portugueses e sabemos o quanto é importante para o consumidor poupar” nestas facturas, disse fonte oficial da Nowo. Trata-se de uma “excelente associação” entre “as duas marcas com os preços mais atractivos no mercado, nos respectivos sectores”, acrescentou.

Meo já combina electricidade e comunicações

Até à data, no sector das telecomunicações, apenas a Meo juntou as suas ofertas com o fornecimento de electricidade, com a diferença de que a Altice (dona da Meo), comprou a comercializadora PT Live, reunindo assim as duas áreas de negócio.

Porém, entrar num negócio em que há o risco das flutuações da procura e de preço, como o verificado agora no período de pandemia, e com margens de comercialização baixas, não é a opção da Nowo. “Cada marca é especialista na sua área e o combinarmos as valências de ambas permite-nos ter uma oferta diferenciadora focada nas necessidades dos clientes”, explicou a empresa.

Apesar de ter, segundo a análise divulgada pela Anacom em Novembro, as mensalidades de triple-play (televisão, internet e telefone) mais baixas do mercado, a Nowo não tem a mesma cobertura que as suas rivais Meo, Nos e Vodafone. A rede fixa da empresa ainda não chega a todo o território e os serviços móveis são suportados sobre a rede da Meo.

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