Salvem-se ao menos os postigos eleitorais

Neste domingo há um postigo inadiável: o das presidenciais. Que o “bicho” se retraia e a democracia ganhe!

Foi numa data histórica, a da revolta operária de 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande, contra a ditadura de Salazar, que o governo de António Costa, reunindo extraordinariamente os seus ministros, anunciou novas medidas para combater o estado a que as coisas chegaram na propagação da pandemia. Apesar dos protestos, continuam abertas as escolas e também os ATL para crianças até aos 12 anos (como se professores e alunos fossem imunes ao vírus e ao frio, com aulas de janelas abertas e enrolados em mantas), mas, no meio do habitual atabalhoamento de medidas avulsas, emergiu novo inimigo: o postigo. Num país onde ele é uma instituição consagrada e vetusta, veio agora o governo descobrir nele um foco de perigos. E lá está, nas mais recentes medidas, taxativamente: “Proibir vendas de bens ao postigo”. Depois lê-se com atenção e vê-se que não é bem assim, mas já lá iremos. Primeiro, atentemos na definição de postigo que vem nos dicionários. Do latim posticu-, é: “Pequena porta feita em muralha para serventia de pouca monta. / Janela pequena; janelo. / Fenda ou abertura para deixar entrar luz e ar. / Pequena abertura em biombo ou resguardo, sobreposto, em geral, a um balcão, nos bancos, repartições públicas, escritórios comerciais, bilheteiras dos caminhos de ferro, etc.”

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