Luís Fernandes: “Somos o corpo que temos”

O corpo nunca foi tão exposto e nunca esteve tão esquecido. O paradoxo está assinalado num conjunto de ensaios de Luís Fernandes, psicólogo, investigador. Quando perdeu a visão aprendeu massagem terapêutica. As mãos ajudaram-no a encontrar um novo discurso onde alia ciência, literatura e biografia para reclamar o direito a viver no corpo que temos.

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Manuel Roberto

Como se pode resgatar o corpo ao esquecimento a que tem sido votado? Não o corpo superficial, não o corpo da imagem, nem o corpo virtual ou o social, esse corpo a que o investigador e psicólogo Luís Fernandes chama de corpo da passerelle, mas sim o corpo pleno, “o corpo que temos”. Ou seja, como compreender o papel do nosso corpo na nossa identidade? Esta é a pergunta de partida do conjunto de quatro ensaios reunidos no volume As Lentas Lições do Corpo. Com o subtítulo Ensaios Rápidos Sobre as Relações entre Corpo e Mente, os textos alertam para a necessidade de uma maior auto-consciência da corporalidade e têm como pretensão “situar o corpo no campo psicológico”.

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