Quinta Vale D. Maria. Vinhos únicos que contam memórias

As memórias são feitas de histórias, como as que podemos encontrar ou recordar nos livros. Um encontro entre a inspiração e as palavras.

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Quinta Vale D. Maria Douro tinto 2018

Miguel Torga referiu acerca da sua obra «Vindima»:

“E, contudo, julgo sinceramente que não cansarás ingloriamente os olhos na contemplação do painel que pintei (…)”.

As vindimas na Quinta Vale D. Maria são sempre um momento marcante, em que se colhe o fruto de um ano de trabalho e de dedicação. No coração da Quinta existe uma vinha com mais de 60 anos, que tem assistido a este ritual. Plantada com 41 castas, de entre as quais Rufete, Tinta Amarela, Tinta Francisca, Sousão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, e com diferentes exposições solares, diversidade é a palavra que melhor a define. Uma dessas vindimas esteve na génese do vinho Quinta Vale D. Maria Douro tinto 2009 que obteve a pontuação mais alta, até então, atribuída a um vinho tinto português por parte de Robert Parker. Profundo e intenso, o Quinta Vale D. Maria Douro tinto 2018 é pintado com aromas de cereja, ameixa e amora silvestre, típicos deste field blend. Concentrado, com uma estrutura e um vigor que intensificam a sua textura suculenta, é harmonioso e extremamente elegante.

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Quinta Vale D. Maria Douro tinto 2018

Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca tinto 2018

Os poemas são filiações. Duradouras. Sophia de Mello Breyner Andresen estabelece em «Poema» que: 

“A terra o sol o vento o mar

São a minha biografia e são meu rosto (…)”.

O rosto do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca começou a ganhar forma em 2004 quando, ao longo de 4 hectares, Cristiano van Zeller plantou uma vinha, cujo nome é uma homenagem à sua filha Francisca que nessa mesma data completava 18 anos. As castas Sousão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Rufete e Tinta Francisca foram as escolhidas com o intuito de criar um vinho como o Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca tinto 2018: fresco e encorpado. Cremoso, elegante, com intensidade aromática e capacidade de envelhecimento, o tempo acentua o seu charme, como um poema.

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Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca tinto 2018

Vale D. Maria Vinha de Martim branco 2019

Inúmeros são os livros que nos transportam até uma vila, uma cidade ou um país. A Norte da região do Douro, na zona de Murça, localiza-se a Vila de Martim. É neste local, numa vinha muito especial, com menos de 1 hectare e com mais de 80 anos, que nascem as castas que estão na génese do Vale D. Maria Vinha de Martim. Pela primeira vez engarrafado com a colheita de 2015, o resultado foi excepcional. Exemplo da capacidade que o Douro tem de produzir vinhos brancos de extrema frescura, o Vale D. Maria Vinha de Martim branco 2019 apresenta uma persistência e uma capacidade de envelhecimento equiparável aos grandes vinhos brancos do mundo. «Sê Paciente; Espera»:

"Sê paciente; espera

que a palavra amadureça

e se desprenda como um fruto

ao passar o vento que a mereça”.

Eugénio de Andrade

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Vale D. Maria Vinha de Martim branco 2019

Quinta Vale D. Maria Vinha do Rio tinto 2018

No clássico “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós, um rio é-nos descrito:

“Sabei, senhora que esta vida é um rio….

Pois um rio de Verão, manso, translúcido, harmoniosamente estendido sobre uma areia macia e alva, pôr entre arvoredos fragrantes e ditosas aldeias (…)”.

Imaginar este Rio leva-nos a viajar até um lugar. Na Quinta Vale D. Maria existe também um lugar especial. Uma vinha centenária plantada perto de outro Rio, o pequeno e sinuoso Rio Torto que corre no sopé da Quinta. É aqui que os pés de vinha conseguem encontrar água mais facilmente, por estarem na parte mais baixa do vale do Rio Torto. É aqui que, com uma menor exposição solar, a maturação se desenvolve de forma mais lenta e equilibrada, ao longo de todo o ciclo. Quando as uvas, aqui nascidas, entram no lagar e iniciam a sua fermentação, destacam-se os aromas, que enchem a adega, e a cor que pinta o lagar. É nesta envolvência que nasce, com 29 castas diferentes, o Quinta Vale D. Maria Vinha do Rio tinto 2018. O seu perfil sedoso, profundo, envolvente e o seu final longo, quase teimoso, tornam-no inesquecível.

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Quinta Vale D. Maria Vinha do Rio tinto 2018

Saborear histórias é perpetuar memórias.


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