Portugal bateu no poste da baliza do vice-campeão do mundo

Selecção nacional perdeu pela margem mínima com a Noruega no arranque da main round do Mundial. Apuramento continua em aberto.

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Portugal sofreu nesta quarta-feira a primeira derrota no Campeonato do Mundo de andebol, no Egipto. No arranque do Grupo 3 da main round, a selecção nacional exibiu-se a grande nível diante da Noruega, vice-campeão mundial nas duas últimas edições, mas acabou por ceder por 28-29, terminando a partida com um remate ao poste que ameaçou o empate.

Em Gizé, assistiu-se a um início de jogo equilibrado, até nas exclusões (uma para cada lado logo nos minutos iniciais). A Noruega destacou-se, ofensivamente, muito graças às iniciativas de Sandor Sagosen e de Harald Reinkind - o lateral do Kiel fez cinco golos nos primeiros cinco remates - e Portugal respondeu com uma grande variedade de acções.

Fosse através do invulgar poder de impulsão do central André Gomes (apontou um golo brilhante após passe de Rui Silva) ou através das arrancadas de Belone Moreira para solicitar os pontas, a selecção portuguesa conseguiu criar sempre a dúvida no bloco norueguês e foi mantendo a luta taco a taco no marcador.

Só no final do primeiro tempo a selecção nórdica conseguiu destacar-se ligeiramente, com o guarda-redes Bergerud em destaque. A Noruega esteve perto de chegar ao intervalo com um empate, mas aproveitou um erro ofensivo de Portugal para chegar, em ataque rápido, ao 14-16.

Os vice-campeões do mundo entraram melhor no segundo tempo e elevaram para quatro os golos de vantagem, usando uma arma que se tornaria mais evidente daí em diante - os remates de primeira linha. Mas se a Noruega tem um leque amplo de jogadores, Portugal também mostrou profundidade nas opções. De resto, tem sido esse um dos trunfos do sucesso recente da selecção nacional.

Com Pedro Portela e Fábio Magalhães a ganharem mais protagonismo (depois de Miguel Martins também ter mostrado tremenda qualidade a partir do banco), a diferença de dois golos passou a ser regra na segunda parte. E a troca de guarda-redes a pouco mais de 10 minutos do fim até mexeu com o jogo. Humberto Gomes entrou bem, com um punhado de grandes defesas, e manteve a equipa a morder os calcanhares ao rival.

Portugal dispôs de oportunidades para empatar a 25, mas Bergerud voltou a mostrar atributos na baliza, adiando uma igualdade que chegaria pouco depois (26-26). E Daymaro Salina faria de seguida o 27-26, antes de Iturriza ver o cartão vermelho por acumulação de exclusões.

O momento que retirou definitivamente o tapete a Portugal aconteceu, porém, aos 58’, quando Salina foi excluído num lance em que a Noruega ainda conseguiu fazer golo. Já no risco, a selecção nacional, temporariamente em inferioridade numérica, expôs-se mais, voltou a permitir dois golos de vantagem ao adversário, mas recuperou a tempo de ainda assustar os nórdicos.

No último lance do jogo, prescindindo do guarda-redes (uma estratégia que é já imagem de marca da equipa treinada por Paulo Pereira), Portugal esteve perto de arrancar o empate. Rui Silva rematou cruzado e com violência, mas o remate foi desviado pelo poste e o apito final soou. 

Depois de três vitórias consecutivas na primeira fase do Mundial, Portugal sofre o primeiro desaire, sem comprometer as aspirações de chegar aos quartos-de-final da prova. Com quatro pontos somados, tantos quantos os da Noruega, está actualmente em posição de qualificação, juntamente com a França. A Suíça é o adversário que se segue, já na sexta-feira.

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